Ambulantes têm mercadorias apreendidas por fiscais da Prefeitura, enquanto franquia multinacional coloca lixo e cadeiras na calçada - VÍDEO EXCLUSIVO DA TRUCULÊNCIA MUNICIPAL

Os fiscais não informaram ou mesmo deram um prazo para que os ambulantes pudessem tomar providências e foram chegando no local, partindo para cima das mercadorias e levando-as sem justificativa.

Da Redação

24 de Junho de 2010 às 11:10

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Ambulantes têm mercadorias apreendidas por fiscais da Prefeitura, enquanto franquia multinacional coloca lixo e cadeiras na calçada - VÍDEO EXCLUSIVO DA TRUCULÊNCIA MUNICIPAL

Foto: Divulgação

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A situação ocorrida na manhã desta quinta-feira (24) onde fiscais da prefeitura embasados no código de postura de Porto Velho retiraram trabalhadores informais, utilizando inclusive da força policial. Uma vendedora ambulante foi encontrada pela equipe de reportagem de jornalismo do Rondoniaovivo em estado de total desespero, suas coisas haviam sido confiscadas pelos "leões de chácaras" do prefeito Roberto Sobrinho.

Cenas como essa se tornaram comum e vem ilustrando bem o trato oferecido pela prefeitura de Porto Velho a comunidade pobre e trabalhadora. Em uma matéria reportada recentemente pelo Rondoniaovivo.com mostramos uma senhora que vendia pipocas na frente do Porto Velho Shopping (leia aqui a reportagem) que foi avisada de que sempre que a fiscalização chegasse ela teria que sair correndo, em outra matéria após ser avisado que teria que sair do local onde trabalha, um vendedor de cachorro quente pergunta ao prefeito como irá pagar suas contas com suas condições de trabalho cerceadas.

Enquanto tudo isso acontece, "barões e baronesas" do comércio em Porto Velho recebem vistas grossas e um tratamento bem diferente dos ambulantes. Proprietários de empresas localizadas em toda a extensão da avenida Pinheiro Machado, no Centro da capital, utilizam calçadas, comercializam bebidas alcoólicas até o nascer do sol, causando transtornos aos moradores que são obrigados a conviver diariamente como local.

Para mostrar a total falta de critério e subserviência da gestão publica municipal, no mesmo momento em que os ambulantes eram tratados como bandidos na

avenida Dom Pedro II pelos fiscais da prefeitura, logo ao lado na avenida Pinheiro Machado, uma multinacional de alimentos praticava o mesmo ato ilícito cometido pelos ambulantes.

Cadeiras e mesas fazem da calçada em frente à lanchonete Subway uma extensão de seu estabelecimento, e pior é que além do ato infracionário contra o código de postura do município, a lanchonete Subway, que comercializa alimentos que por sua vez são perecíveis, simplesmente joga o lixo na calçada ao lado das cadeiras e mesas, obstruindo ainda mais a passagem de quem anda no local.

A grande pergunta é, porque os fiscais da prefeitura não conseguem enxergar essas empresas? Porque não fazem a lei ser cumprida por todos e não por apenas alguns que simplesmente tentam sobreviver em meio a uma cidade onde os seus direitos são desrespeitados a todo momento? Será mais fácil maltratar esses cidadãos?

A verdade é que não se pode apenas virar as costas para a questão humana dessas pessoas, eles não são números, são pessoas, o prefeito Roberto Sobrinho que por anos andou e lutou junto ao lado dessas pessoas parece esquecer e simplesmente querer eliminar esses trabalhadores.

Um sério trabalho de pesquisa deve ser feito para amenizar a condição de submissão dessas pessoas.

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