Petistas queimam livros. Queimarão pessoas? - Professor Nazareno*

Queimar livros por causa de uma greve que reivindica aumentos salariais é absurdo. Em Rondônia, a maioria dos professores e dos trabalhadores em educação também está em greve sob as ordens do Sintero, o sindicato da categoria. Braço político do PT, esse s

Petistas queimam livros. Queimarão pessoas? - Professor Nazareno*

Foto: Divulgação

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Foi na greve dos professores do Estado de São Paulo. Os grevistas, controlados pelo PT, Partido dos Trabalhadores ou também “Partido do Mensalão”, fizeram a mesma coisa que os Nazistas em 1933. A propósito disto, o poeta alemão de origem judaica, Heinrich Heine, afirmara em 1821: “Aqueles que queimam livros, acabarão cedo ou tarde por queimar homens”. Em Rondônia já houve o caso de um estudante que queimou “Os Sertões” de Euclides da Cunha. Foi na Faculdade de Jornalismo da Uniron há dois anos. Esse Index local infelizmente vez ou outra “se levanta contra os meus textos bobos”. Muita gente metida a intelectual, jornalistas inclusive, gostaria de ver meus artigos arderem no fogo. Gostaria até de me incendiar vivo, se pudesse. Faltariam tochas e capuzes para este “motim medieval”.
 
Queimar livros por causa de uma greve que reivindica aumentos salariais é absurdo. Em Rondônia, a maioria dos professores e dos trabalhadores em educação também está em greve sob as ordens do Sintero, o sindicato da categoria. Braço político do PT, esse sindicato sempre esteve a serviço da eleição de vários integrantes e ex-dirigentes. Roberto Sobrinho foi um dos primeiros. Depois Manoel do Sintero, o vereador José Wildes, o ex-deputado Nereu Klosinski e agora Claudir Mata, a atual presidente do órgão, será provavelmente candidata a algum cargo político, talvez Deputada Estadual, pelo PT é claro. Quem sabe se não é por isso que os grevistas “já dormem” até na Assembléia Legislativa? Claudir quer se familiarizar com o ambiente e por isso já conta com os votos dos seus fiéis seguidores.
 
Não há nenhuma ilegalidade em se usar a estrutura de um sindicato legalmente constituído para se fazer carreira política. Pode até ser legal, mas é imoral. A política sindical não deveria ser misturada com a política partidária. Elas são díspares, defendem coisas distintas e têm objetivos diferentes. Sindicato que se aproxima perigosamente da estrutura governista corre o risco de se tornar “pelego”. E nesta greve, onde um grupo político tenta se sobrepor a outro, quem leva desvantagem é o aluno. E não adianta dizer que as aulas serão repostas. Quem vai fazer o Enem ou o vestibular da Unir, no caso dos alunos que estão terminando o Ensino Médio, precisa ter aulas sem interrupção. É a pura verdade, mas se insiste em afirmar o contrário. É prejuízo na certa. Vestibular nunca esperou por grevistas.
 
A Prefeitura de Porto Velho, também controlada pelo PT, não paga um salário decente aos seus professores. Por isso esta greve ao ser comandada por “políticos profissionais que querem ser eleitos brevemente e que são ligados ao Partido dos Mensaleiros” soa meio esquisita, hipócrita até. Não é muito bom que as reivindicações sejam apenas por melhores salários já que a qualidade de ensino nas escolas públicas não é debatida nem levada em consideração, tanto por grevistas como pelas autoridades da Seduc e do Governo como um todo. De que me adiantam, como professor, uns trocados a mais no bolso se o principal não se discute? Toda greve na educação deveria abordar primeiro estes fatos. Da estrutura física das escolas até a valorização da educação e do educador.
 
A classe política local sinaliza que não quer discutir o problema. Deve estar “ocupada” com suas “leis e projetos”. A comunidade não se pronuncia. Parece até que não será afetada. O Governo, intransigente, diz não haver disponibilidade de caixa para atender às justas reivindicações dos grevistas. E nessa absurda guerra de vaidades, todos perdem. A sociedade se embrutece e compromete ainda mais o seu futuro. Nós professores ganhamos uma miséria, sim. E no país inteiro. Todos sabem disto, mas ninguém nada faz. Nem o Partido dos Trabalhadores. Nem Cassol, nem Sobrinho, nem Lula, nem Dilma, nem Serra. Tenho medo de que essa queima de livros em São Paulo possa desencadear outras ações mais duras por parte dos petistas e dos grevistas de lá e daqui: vão agora querer queimar alunos e também quem é contra os seus insanos movimentos grevistas que prejudicam a todos?
 
 
 
*O professor Nazareno leciona na Escola João Bento em Porto Velho.
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