As marchas e contramarchas da emenda que propõe o fim do monopólio do transporte coletivo - Por Valdemir Caldas

Da Redação

25 de Março de 2010 às 17:17

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As marchas e contramarchas da emenda que propõe o fim do monopólio do transporte coletivo - Por Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

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No dia 24 de agosto de 2009, o vereador e presidente da Câmara Municipal de Porto Velho, José Hermínio Coelho (PT), apresentou um projeto, acrescentando dispositivos à Lei Orgânica do Município. Subscreveram a proposição os vereadores Eduardo Carlos e Moisés Costa (PV), José Wildes (PT), Ramiro Negreiros e Zequinha (PMDB), Cláudio da Padaria e Ellis Regina (PC do B), Pastor Delso (PRB), Mariana Carvalho e Jean Oliveira (PSDB).

Pelo projeto, o transporte coletivo será oferecido por, no mínimo, três empresas, vedada a prestação de serviço por meio de consórcio ou monopólio. Lida, em plenário, a matéria foi despachada à Comissão de Constituição, Justiça e Redação, para parecer. O relator e presidente da Comissão, vereador Cláudio Carvalho, votou pela rejeição, dizendo que a emenda era “obsoleta”.

No dia 2 de março, o Parecer da comissão foi incluindo na Ordem do Dia, mas alguém pediu o adiamento da votação por três sessões. No dia 15 de março, o Parecer voltou a figurar na Ordem do Dia, e, novamente, veio o pedido para que fosse retirado da pauta. No último dia 23 (terça-feira), porém, o Parecer foi rejeitado pelo plenário, por dez votos contra, dois a favor, uma abstenção e duas ausências.

É, no mínimo, muito estranho, que o vereador José Hermínio venha encontrando resistências dentro de seu próprio partido, o PT, para fazer passar uma das promessas de campanha de Roberto Sobrinho, qual seja abrir concorrência pública para o setor de transporte. É isso que ninguém, em sã consciência, consegue entender, por mais que o petismo se esforce para tentar justificar.

Na administração Carlinhos Camurça, os petistas José Hermínio e Manoel do SINTERO, até que tentaram levar adiante projeto semelhante, mas acabaram sendo atropelados pelo rolo compressor do palácio Tancredo Neves. E agora, que o PT que está no comando do município, por que não aprovar a matéria, já que o prefeito tem a maioria na Câmara?

É essa conduta dúbia de segmentos do PT contra a qual José Hermínio vem lutando, inclusive, correndo o sério risco de não ter seu nome homologado na convenção do partido, para disputar uma cadeira na ALE, no próximo mês de outro. Aliás, não é só Hermínio que anda revolta com alguns companheiros seu. Não são poucas as pessoas que depositaram todas as suas esperanças na administração Sobrinho, e, hoje, amargam uma tremenda decepção, não somente com relação às propaladas melhorias para o sistema de transporte, mas, também, no que diz respeito às áreas da educação e saúde, dentre outros setores do governo.

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