A Associação Comercial de Rondônia é contra a aprovação do projeto Nº2.632 que proíbe funcionamento do comércio aos domingos e feriados na capital. O posicionamento foi anunciado pelo presidente da ACR, Vanderlei Oriani, ao citar uma série de fatores que, para a entidade, são prejudiciais aos consumidores portovelhenses. O empresário alerta para o possível impacto negativo nas vendas, além das demissões acarretadas pela lei.
As estimativas a associação são que, pelo menos 7% dos trabalhadores (folguistas) teriam de ser dispensados pelos lojistas, já que, não lhes haveriam postos de trabalho disponíveis aos dias proibidos pela lei municipal. Outra preocupação da ACR é quanto da queda acentuada nas vendas, que poderiam chegar a 50% ao fim de cada mês.
Oriani fez questão de ressaltar os direitos dos trabalhadores, destacando as inúmeras possibilidades de revezamentos de funcionários, onde a empresa assegure os benefícios por horas trabalhadas fora do período comercial. Para o empresário, a lei faria com que a capital de Rondônia retrocedesse, diante do atual cenário de desenvolvimento do estado.
O presidente da ACR explica porque as vendas cairiam pela metade, caso os comerciantes sejam impedidos de abrirem as portas. “Pesquisas realizadas nos diversos centros comerciais revelam que o consumidor compra apenas o necessário durante o decorrer da semana. Isso porque, a dona de casa ou outros estão apenas de passagem, ao saírem do trabalho ou da faculdade para casa. Sendo assim, não há tempo para as compras e, por isso, preferem os domingos, onde têm tempo para a escolha dos produtos”, disse.
O projeto polêmico tramita na Câmara, mas ainda não foi levado em plenário para votação porque, antes disso, o seu autor, vereador Hermínio Coelho (PT) quer ouvir as os empresários, trabalhadores e representantes de sindicatos de Porto Velho. Para debater o assunto, uma audiência será realizada nesta quinta (04), na sede da Fecomércio, às 19hs.