Este informe pretende ser um instrumento de atualização da situação de dengue em Rondônia e municípios, tanto em relação à dinâmica da transmissão de casos, quanto das medidas de prevenção e controle instituídas. O município que discordar de alguma informação constante neste informe, favor nos contactar para que possamos efetuar a correção do dado no próximo informe.
I. CONSOLIDADO ESTADUAL
Desde o ano de 1997, quando os primeiros casos autóctones de dengue começaram a ser notificados no estado, temos vivenciado em alguns anos, situações críticas de dengue, configurando-se situações epidêmicas em alguns anos. Em 2008, como pode ser observado no gráfico acima (linha azul), o ano se inicia com notificação de grande número de casos de dengue que se mantém até o mês de abril, seguido de redução abrupta em maio e mantido até outubro. A partir de novembro observamos tendência a aumento de casos.
Em 2009, a tendência do final de 2008 é mantida até o mês de março, quando os casos começam a ser reduzidos paulatinamente até o mês de setembro. A partir de outubro passamos a observar grande incremento na transmissão de dengue, com aumento da notificação de casos em vários municípios.
A grande produção de casos no nível municipal superou a capacidade tanto da assistência quanto da vigilância em manter os fluxos e os registros de ocorrência da doença, havendo interrupção da alimentação dos bancos de dados e do repasse das informações para a Secretaria de Estado da Saúde, que passou a não contar em tempo oportuno, com as informações municipais. Em vista dessa dificuldade o estado passou a contar com duas fontes de dados, a do Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SINAN e da Planilha “Casos Notificados de Dengue por semana epidemiológica”, mais atualizada em municípios em situação de epidemia e com grande dificuldade de digitação dos casos no SINAN.
O consolidado de casos, atualizado em 18/01/2010, utilizou as fontes citadas sendo considerado o maior número de casos registrado em uma delas. Até essa data foi notificado ao estado um total de 22.138 casos de dengue, desses 9.490 foram classificados como Dengue Clássico, 102 como Febre Hemorrágica do Dengue – FHD, 71 como Dengue com Complicações – DCC, 03 como Síndrome do Choque do Dengue – SCD, 5.114 descartados, 2.301 inconclusivos, 5.084 ignorado/em branco, e os demais em fase de investigação.
Dentre o total de casos graves, ocorreram 15 (quinze) óbitos suspeitos, nos municípios de: Cacoal, Porto Velho, Cerejeiras, Rolim de Moura, Ouro Preto, Jaru e Ariquemes. Todas as fichas de investigação dos óbitos estão sendo analisadas.
Não há um bom registro sobre os índices de infestação predial na grande maioria dos municípios do Estado. Em Porto Velho , segundo os dados informados à AGEVISA, os índices de infestação predial mantiveram-se durante quase todo o ano abaixo de 1%, entretanto, Levantamento Rápido de Índice do Aedes aegypti – LIRAa, detectou 4% de infestação em maio e 2,6% em outubro. Em novembro passa a ocorrer grande notificação de casos, que, provavelmente já vinham ocorrendo meses antes.