Por que o Ministério Público não toma posição contra o prefeito? - Por Gessi Taborda
Foto: Divulgação
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Em seu primeiro mandato, o prefeito enfrentou muitas denúncias formuladas por ex-vereadores (Ted Wilson, Kruger Darwich e professor Mário Jorge) que atuaram numa Comissão criada para verificar o andamento de obras do Executivo. As denúncias versaram sobre superfaturamento, obras abandonas e empreiteiras que simplesmente receberam mas não fizeram sua obrigação.
Certamente a denúncia mais bombástica e maior gravidade nasceu do relacionamento entre o prefeito Roberto Sobrinho e o grupo responsável pela construção do chamado “Shopping dos Canadenses” feita principalmente pelo vereador Kruger e pelo deputado estadual Valter Araújo.
Se o Ministério Público se engajasse na campanha de intolerância zero contra a corrupção em Rondônia, certamente o prefeito de Porto Velho correria sério risco de responder por improbidade administrativa, conforme acreditam alguns advogados ouvidos por Imprensa Popular.
Eles se referiam às denúncias veiculados no site www.rondoniaovivo.com, editado pelo jornalista e empresário Paulo Andreolli, que envolve o prefeito petista num escândalo em que a Uni Engenharia – uma empreiteira de São Paulo que, segundo consta, tinha proteção de petistas importantes – é pivô da grande fraude em torno da obra da José Veira Caulla, no trecho da rua que deveria ter sido duplicado.
Ao historiar o escândalo, Paulo Andreolli destacou o seguinte: “Com o calote, que se estendeu a fornecedores e tributos/impostos, veio a paralisação da obra e as manifestações populares pela falta de respeito com o cidadão. Se não bastassem os casos acima citados, ainda tivemos para “acabar” com a paciência , a prefeitura executando a obra para a empresa contratada durante período eleitoral e um acordo amigável entre o prefeito e o empresário, com os portovelhenses ficando devendo mais de 600 mil reais pelas benfeitorias supostamente aplicadas pela Uni Engenharia. E olha que este não foi o único golpe da empresa nos rondonienses. Publicamos no início do ano, outra maracutaia da UNI, especificamente nas obras de drenagem da Zona Leste”.
Desde o princípio de sua gestão à frente da prefeitura de Porto Velho os gastos em publicidade do Executivo municipal são, para se dizer o mínimo, suspeitos. Tudo começou com a incompetência em realizar num prazo razoavel o procedimento legal para a licitação e a contratação de uma agência para cuidar desse serviço.
Em praticamente nenhum momento observou-se os princípios da impessoalidade na distribuição dessa verba para os veículos, discriminando-se todos aqueles que decidiram assumir uma postura editorial desagradável ao prefeito.
Talvez por se integrar a um partido sobre a égide do qual se desenvolveu os maiores escândalos do Brasil atual sem que praticamente ninguém fosse punido, o prefeito de Porto Velho vem agindo como se acreditasse possuir uma imunidade capaz de impedir qualquer tipo de investigação sobre os atos praticados enquanto mandatário do município.
A desfaçatez chega ao ponto de atribuir à administração municipal o visível crescimento industrial da cidade, decorrente principalmente dos investimentos nas megas obras estruturais, principalmente do complexo de energia do rio Madeira.
O Ministério Público certamente encontrará, se algum de seus procuradores for atrás, os indícios da falta de impessoalidade nessa custosa promoção feita pelo prefeito, e também os índicios de lesão ao erário, além do direcionamento para privilegiar alguns órgãos de comunicação, indicios esses que poderão se configurar em graves atos de improbidade administrativa.
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