O medo de transitar pelas ruas de Porto Velho, a “quase metrópole” - Por José Carlos Leite Junior
Foto: Divulgação
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VEJAS ESSAS IMAGENS:
Rua Herbert de Azevedo com a avenida Presidente Dutra - Centro de Porto Velho.
Falta de sinalização em cruzamento nas princiais vias da capital ocasionam um número grande de acidentes.
Rua Getúlio Vargas com a rua Senador Álvaro Maia, região central da capital
Digam-me, por favor, onde fica a cidade mostrada na propaganda institucional.
Não há mais horário, nem local. Por onde quer que andemos nas ruas de Porto Velho, nossa vida está em risco constante. Hoje pouco depois do meio-dia, esquina das Ruas Sen. Álvaro Maia e Campos Salles. Motocicleta no chão, uma senhora deitada no asfalto sendo atendida por paramédicos. Olhem na segunda imagem acima. Não há placa de preferencial. Não há nem as famosas e envelhecidas “tartaruguinhas” a nos sugerir no cruzamento que a outra via é preferencial. É a regra.
Escrever reiteradamente sobre o mesmo assunto é desagradável por demais. Mas a indignação é maior. Não se pode silenciar diante de tanta falta de responsabilidade, respeito, de tanta incompetência, falta de criatividade e de compromisso. Andamos e temos filhos que andam pela cidade, não é possível que nos acostumemos com esse estado de coisas. O silêncio e o esquecimento é que alimentam a impunidade.
Ontem o vice-prefeito de Porto Velho, dizendo que a cidade está se transformando numa “metrópole”, anunciou um projeto de sinalização vertical a ser “executado” pelo consórcio responsável pela construção da usina de Jirau. Prazo: um ano. Oxalá assim ocorra. Esses consórcios e o banco que vai ganhar com a folha de pagamento da Prefeitura podem vir a nos proporcionar parte daquilo que o Poder Público até hoje não conseguiu.
Porém ainda estão falando em projeto. Volto a indagar: e o convênio com a Polícia Militar para que Porto Velho tenha policiamento de trânsito? O que impede? A Prefeitura Municipal nos impõe uma realidade que beira a barbárie: uma cidade sem sinalização, com ruas sem conservação e ausência absoluta de policiais de trânsito. Será que alguém pode informar o que impede a celebração desse convênio com a PM? Não creio haja no Brasil outra Capital em que os cidadãos estejam abandonados dessa forma.
E o pior é que, como cidadãos, vamos silenciando, esquecendo, passando a ver com “naturalidade” as cenas de acidentes. Essa afronta toda dá origem à banalização até o momento em que somos violentamente despertados com as imagens da tragédia.
Queira Deus aquela senhora da imagem se recupere, o que infelizmente não aconteceu com o Padre Alejandro dias atrás.
Mesma Rua Senador Álvaro Maia, porém esquina com Getúlio Vargas. Beira do fétido canal que no momento não está encoberto pelo mato em razão da estiagem. Eis que as duas vias foram asfaltadas há cerca de 3 semanas. Alvíssaras! Ocorre que os empregados da empreiteira foram embora e esqueceram na esquina aquele monte de terra e pedras visto na terceira imagem acima. Como o local é pessimamente iluminado, será que poderiam avisar as “autoridades da quase metrópole” pra dar um jeito no “montinho” antes que alguém se esborrache nele?
Fiquei sinceramente feliz ao saber que nosso alcaide está em Paris. Não sei se podemos considerar a capital francesa urbanisticamente exemplar, mas segundo os entendidos Paris contém um amplo conjunto de experiências concretas de práticas de gestão urbana que, se houver capacidade de observação, compreensão e “cópia”, podem trazer benefícios para a nossa “quase metrópole” que se debate com tantos problemas urbanos, ainda que não sejam nada semelhantes aos da cidade luz. Quem sabe possamos não ver mais imagens como a primeira acima, da confluência das ruas Herbert de Azevedo com Presidente Dutra. Eu já publiquei aqui em artigo anterior, mas garanto que a foto de hoje é novinha. Passaram-se semanas e os escombros continuam lá, sendo que agora acrescentaram uma vala rente ao asfalto (bem recortadinha para um carro nela cair), que está tomada de água apesar da seca e pode ser vista na imagem abaixo.
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