MEIO AMBIENTE - Governador incentiva a produção de carvão ecológico no Estado

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Foto: Divulgação

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Na manhã desta quarta-feira (22), o governador Ivo Cassol, recebeu na Residência Oficial o inventor de uma máquina que produz carvão sem agredir o meio ambiente. O protótipo, denominado de destilador de madeira para a produção de carvão, foi objeto da tese de doutorado do engenheiro químico Carlos Augusto Xavier, que veio de Santarém (PA) para fazer a demonstração, pela primeira vez em todo país, de seu invento ao Governo de Rondônia. “A idéia é de aproveitar a tecnologia e aplicar na madeira que está sendo retirada das áreas onde estão sendo construídas as Usinas Hidrelétricas do Rio Madeira, com um total de mais de 50 mil hectares de floresta. O objetivo é produzir carvão em grande escala sem prejuízo ao ecossistema e ainda provar que o carvão é um dos  subprodutos extraídos e não apenas o único dentro desse processo”, destacou, Carlos.

“A máquina, funciona da seguinte forma: A fumaça recolhida é transformada em líquido pirolenhoso, um dos mais importantes adubos utilizados atualmente na agricultura, principalmente da hidroponia (cultivo de hortaliças que utilizam água na sua produção) e alcatrão. Do líquido pirolenhoso é retirado o ácido acético, cerca de 5%, que é o produto nobre dentro do processo. Além disso, obtém-se um gás combustível na ordem de 25%, em relação à quantidade da matéria utilizada. O gás pode ser usado para a geração de energia e, assim, dá para se observar que o carvão é um subproduto do processo. Outra vantagem é a produção do PVC a partir do carboneto de cálcio, que nada mais é do que a mistura do carvão com o cal virgem em fornos elétricos. Assim, obtém-se o carboneto de cálcio que, misturado à água, obtém-se o gás acetileno e, misturado ao cloro, obtém-se o PVC”, explicou o inventor.

Para o governador Ivo Cassol a invenção veio em boa hora. “Estamos muito felizes em receber idéias como esta que vem beneficiar o meio ambiente e ainda ser uma nova opção de atividade econômica para o Estado. Porque além de produzir carvão sem agredir o meio ambiente, vai dar um destino útil à madeira que está sendo retirada das áreas em torno das usinas. Outra vantagem dessa máquina é que vem ao encontro dos nossos objetivos, que é o de gerar renda e emprego no pós-usinas, onde muitas pessoas ficarão desempregadas. Com este tipo de iniciativa, as empresas siderúrgicas do Brasil poderão adquirir esse carvão, mas, volto à dizer, que o mais viável para o Estado é de que essas empresas se instalem aqui. Outro benefício é o tipo de adubo que é extraído dessa matéria-prima, muito usado na agricultura, isso sem falar na possibilidade de se produzir  o PVC aqui no Estado”, declarou, Cassol.

 

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