Cotação de preços entre empresas da mesma família e outras obscuridades na contratação de serviços de “dedetização” do gabinete de Roberto Sobrinho por R$ 7 mil pode ser objeto de ação popular.
Pode se tornar objeto de ação popular proposta pelo presidente estadual do Partido Socialismo e Liberdade (P-SOL), professor Adilson Siqueira, a contratação de serviços de “dedetização” pela Prefeitura Municipal de Porto Velho. Apesar da prontidão com que o prefeito Roberto Sobrinho buscou vir a público para dar seus esclarecimentos sobre os gastos, que podem chegar a R$ 7 mil, ainda há pontos obscuros na negociação com a empresa Conserviços – Serviços de Conservação de Limpeza Ltda. Um deles é a coincidência de ter sido feita cotação com duas empresas que pertencem a pessoas da mesma família. E que poderiam estar apenas cobrindo a proposta da Conserviços.
Adilson Siqueira protocolou na manhã dessa quarta-feira (20) pedido de certidões do processo administrativo e o prefeito tem quinze para fornecê-las. Segundo a nota distribuída pelo prefeito Roberto Sobrinho, houve uma cotação de preços feita entre as empresas Hurtado Cruz Ltda. e H. V. Orellana Hurtado ME e a Conserviços, que ganhou o contrato por apresentar a cotação mais baixa. Um outro ponto obscuro é que no Termo de Liberação 03/2009, publicado no Diário Oficial do Município, consta como objeto do contrato expressão em estilo telegráfico “Dedetização Gabinete Prefeito”. Mas Roberto Sobrinho vem dizer na nota que o serviço será realizado em todo o prédio da Prefeitura.
Para complicar ainda mais a rotina administrativa da Prefeitura, o serviço de dedetização, ou seja, aplicação de Dicloro-Difenil-Tricloroetano (DDT), não poderá ser realizado. O DDT tem seu uso controlado pela Convenção de Estocolmo sobre os Poluentes Orgânicos Persistentes e teve sua fabricação, importação, exportação, manutenção em estoque, comercialização e uso, proibidos no Brasil pela Lei nº. 11.936 de 14 de maio de 2009.