Presidente de sindicato é hostilizado com vaias em solenidade no canteiro de obras de Santo Antônio

Da Redação

28 de Abril de 2009 às 12:43

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Presidente de sindicato é hostilizado com vaias em solenidade no canteiro de obras de Santo Antônio

Foto: Divulgação

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Antonio Acácio Moraes do Amaral foi solenemente vaiado por mais de dois mil operários, em cerimônia organizada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), realizada no canteiro de obras das usinas de Santo Antônio, durante o lançamento de uma Cartilha do TRT que orienta os trabalhadores na prevenção de acidentes de trabalho. O suposto presidente do STICCERO literalmente perdeu a fala ao receber publicamente um sonoro manifesto de negação de sua própria categoria, ao ter seu nome mencionado pelo cerimonial.

Presidente da Força Sindical, da Federação dos Trabalhadores na Indústria e, que também, recentemente teria sido eleito para presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil - STICCERO, Amaral foi alvo do reflexo negativo da tentativa de assumir ilegalmente a presidência do Sindicato, o que vem causando uma enorme revolta na categoria.

Na manhã desta segunda-feira (27/04), em baixo de uma chuva torrencial, milhares de trabalhadores que acompanhavam a solenidade, romperam o silêncio sobre as irregularidades no STICCERO com uma vaia digna de copa do mundo e constrangeram Amaral perante os representantes do Ministério do Trabalho, da OAB-RO, da diretoria da Odebrecht e da Justiça do Trabalho.

Segundo o relato dos próprios trabalhadores e de algumas autoridades que participaram do evento, a situação foi tão constrangedora que o suposto presidente do STICCERO, que deveria falar durante a solenidade em nome dos trabalhadores, sequer fez uso da palavra, pois o cerimonial percebeu que se ele tentasse falar alguma coisa seria impedido pelas vaias e protestos dos trabalhadores; além disso, o próprio Amaral ficou com receio de encarar os trabalhadores, dispensando sua fala.

Já o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Rondônia, Hélio Vieira, foi ovacionado pelos trabalhadores ao defender a liberdade sindical e o direito da categoria, afirmando que os trabalhadores da construção civil têm todo o direito de se organizarem e escolherem uma direção sindical que realmente represente os verdadeiros anseios da classe, sendo inadmissível a imposição de uma representação ilegítima e contra a vontade dos trabalhadores.

Amaral declarou, segundo matéria publicada no último dia 23/04, pelo Jornal Valor Econômico, que ele teria sido supostamente eleito presidente do STICCERO; entretanto, a Justiça do Trabalho, acatando requerimento do Ministério Público do Trabalho, suspendeu a eleição do Sindicato que seria realizada no ultimo final de semana, 18 e 19 de abril. Amaral alega que o STICCERO não teria sido notificado da decisão judicial; mas segundo a diligência realizada pelo oficial de justiça a entidade foi notificada através dele, que é o procurador do Sindicato e presidente da Comissão Eleitoral, bem como candidato a presidente da única inscrita chapa no processo eleitoral.

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