DRAMA - Mulher aguarda cirurgia há oito meses no Hospital de Base em Porto Velho - CONFIRA VÍDEO EXCLUSIVO

Da Redação

09 de Abril de 2009 às 15:20

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DRAMA - Mulher aguarda cirurgia há oito meses no Hospital de Base em Porto Velho - CONFIRA VÍDEO EXCLUSIVO

Foto: Divulgação

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No final do corredor do pavilhão do setor de ortopedia do Hospital de Base “Ary Pinheiro” em Porto Velho, uma mulher está deitada há oito meses, aguardando uma cirurgia para sua fratura de fêmur. Enquanto aguarda, Dirce Barbosa, técnologa aposentada escreve poesias e acessa a internet. E foi através da rede mundial de computadores que a mulher de Ouro Preto do Oeste enviou uma sugestão de pauta para o Rondoniaovivo.

Dirce sofreu uma queda na cozinha de sua residência em agosto de ano passado, quando fazia o almoço para seus familiares. Dirce foi trazida de ambulância para a capital, sendo encaminhada ao Pronto Socorro João Paulo II.

Ficou dias aguardando uma cirurgia, mas por complicações de saúde não foi operada, sendo transferida para o Hospital de Base “Ary Pinheiro”. Desde então, a mulher está prostada numa cama. Problemas circulatórios também comprometem suas pernas, que já estão “pretas”. Um processo inflamatório por suposta infecção hospitalar também estaria agravando o caso de Dirce, que está internada numa ala reservada para doenças infecto-contagiosas.

Em entrevista ao Rondoniaovivo, a senhora aposentada clama por um TFD – Tratamento Fora do Domicilio, alegando não confiar mais nos procedimentos médicos do hospital estadual. Disse que já encaminhou pedido para o Ministério Público e aguarda um solução. “Mas está demorando, e a cada dia que passa, acho que não vou mais andar” diz Dirce Barbosa.

POESIA

Bem instruída, a servidora pública aposentada que atuava na extensão rural de Ouro Preto e região, navega pela internet e escreve poesias.

Com a expressão serena dos poetas, pede para o repórter, “Você pode publicar duas poesias minhas escritas aqui no Hospital? Já tenho ao todo 95 poemas escritos, quero publicar um livro. Gostaria de sensibilizar o secretário estadual de saúde, que sei que também é poeta e escritor.”

NOTA DA REDAÇÃO:

Sim, Dona Dirce, podemos publicar suas poesias. Nós é que ficamos honrados por receber a colaboração de um texto refinado, de belas palavras. Ansiamos por sua breve recuperação e nos comprometemos em editar todo o material de sua autoria.

À BEIRA DO CAMINHO - Por Dirce Rocha

Caminhava sozinha,

E corria ligeira

A estrada era larga

Mas eu andava na beira

Um dia despenquei,

Parei no fim do barranco

Gritei, pedi e implorei,

Mas ninguém respondia a meu pranto

Não sei quanto tempo eu fiquei,

Ferida, me lamentando,

Mas de repente então me lembrei

Que ouvira alguém me chamando

Alguém cuja voz era doce

E que tinha a textura do mel

Uma voz que não era da terra

Ela vinha direto do céu

Ecoando ao meu pensamento,

Clamei a esse favo de mel

E quase no mesmo momento

Respondeu-me esse Amor fiel

Prestando o socorro pedido

Ergueu-me limpando as feridas

Ficou calado e sem dizer nada,

Colocou-me de novo na estrada...

Feliz e recuperado

Pedi que seguisse comigo

Quis ter para sempre a meu lado

Esse Grande e Fiel AMIGO!

HB-Porto Velho-RO, 21/02/2009

TUA PRESENÇA - Por Dirce Rocha

No Grande Templo senti tua presença,

No chão tremendo e no teto balançando

E na goteira que caia tão intensa,

Vi a natureza que chorava Te adorando...

Teus Anjos todos estavam ali presentes

Ouvi suas asas num suave farfalhar

Olhei em volta e vi que ninguém sente

Quando em pessoa Tu vens nos visitar.

A emoção é tão grande e indescritível

Que nossa alma quer do corpo se soltar

Quer ir juntar-se aos Anjos no Infinito

E em teu colo tranqüila repousar

Pai, esta serva se humilha e te adora

No coração em verdade e espírito

Por isso que a emoção em meu rosto rola

Quando te busco no eterno Infinito

Galgo as alturas para ir te encontrar

E poder nas tuas asas me abrigar

Busco teu braço que me serve de escudo

E que torna o inimigo cego e surdo

Sinto no corpo tua presença forte

Quando eu oro ou canto bem baixinho

És a bússola que indica o rumo Norte

E a mão que me guia no caminho!

Respondes sempre quando te invoco

Pões-me no colo, sou sua ovelhinha,

Ouço tua voz num sussurro e então eu choro

Implorando, não me deixes mais sozinha!

Faz de mim no teu arco a flecha forte,

E irei até à distância que mandares

Use-me em vida e me busque até na morte

Quero estar pronta no momento que chamares.

HB-PVh, 30/03/2009.

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