Especialista diz que reservatório de água nas usinas do Madeira vai impedir quantidade elevada de energia para o Brasil
Foto: Divulgação
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O executivo, que é ex-presidente da Petrobrás, considerou correta proposta de integração das agendas ambiental e energética, feita pela Associação Brasileira de Concessionárias de Energia Elétrica (ABCE), visando a facilitar o uso do potencial hídrico brasileiro. A medida evitaria disputas inúteis e o desperdício de energia.
No caso das usinas hidrelétricas do Rio Madeira (Jirau e Santo Antonio), em Rondônia, Guedes apontou que a proibição para a construção de reservatórios de água na região, por questões ambientais, vai impedir a produção de uma quantidade elevada de energia. “Não existindo essa energia, você vai ter que investir
A questão tem que ser olhada com cuidado e bom senso para conciliar o desenvolvimento com o meio ambiente, recomendou Armando Guedes, reforçando que as duas agendas – ambiental e energética – devem andar juntas, com o objetivo de obter ganhos em termos de eficiência. “A humanidade vai ter que passar por um processo de aprendizado, de convivência, de tolerância, para buscar o equilíbrio entre esses dois segmentos”.
O presidente do Conselho de Energia da Firjan acredita que a fonte hidrelétrica vai continuar predominando no Brasil. “Mais da metade do nosso potencial hidrelétrico ainda não foi explorado”. A grande questão, a seu ver, consiste no licenciamento ambiental. Advertiu, porém, que o estabelecimento de programas bem estruturados pode garantir a liberação paulatina de licenças.
Armando Guedes participa amanhã (31) do Fórum ABCE Plano Decenal, na Firjan, que vai debater a expansão da oferta de energia, sua relação com as questões ambientais e as alternativas existentes. O Plano Decenal de Energia Elétrica (PDEE) prevê investimentos de R$ 142 bilhões em geração de energia no período 2008/2017, o que representará o acréscimo de 63.935 megawatts (MW) de capacidade instalada na matriz energética brasileira. Desse total, 20.882 MW provêm de usinas térmicas, o que elevará em cerca de 172% o nível de emissão de gases causadores do efeito estufa na atmosfera.
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