No final da tarde de quinta-feira (19) um fiscal da SEMFAZ (Secretaria Municipal da Fazenda) acompanhado de policiais militares, além de agentes do Grupo de Operações Especiais da COE e tratores remanejaram mais de 40 famílias que haviam invadido uma área verde da Prefeitura de Porto Velho no bairro Três Marias, zona Leste da capital, entre as avenidas Guaporé e Atlas.
O fiscal, identificado como Ênio Tejas, estava com um relatório fiscal da área para garantir a retirada das famílias no perímetro determinado. Porém algumas pessoas que invadiram o local disseram para a reportagem do Rondoniaovivo.com que o fiscal havia dito em tom autoritário que tinha poder para prender quem impedisse a operação de retirada, pois ele possuía em mãos uma ordem expedida pelo secretário da SEMFAZ, Wilson Correia de Souza.
DERRUBADA E DISCUSSÃO
O clima ficou muito tenso no local quando um trator derrubou um dos barracos, ocorrendo muita discussão e ofensas de ambas as partes, invasores e o fiscal, alguns manifestantes ficaram de frente com os tratores, tentando impedir sua ação derrubada. A polícia militar, sob o comando do Tenente/PM Leite conseguiu tranqüilizar os invasores através de muito diálogo, pois os manifestantes não queriam sair e muito menos que os seus barracos fossem derrubados pelo trator.
Um dos líderes do movimento, identificado como Zaquel Martins de Souza, disse que todos que estão na naquele local precisam de moradia, querem morar e não vender os terrenos, como muitas pessoas apontam quando uma área é doada ou invadida na capital. Na manhã dessa sexta-feira (20) a reportagem compareceu ao local e uma família das 40 que estava na área, terminou de levantar o seu barraco e agora está morando.
Em contato com a Secretaria Municipal da Fazenda (SEMFAZ), a secretária de Wilson Correia de Souza informou à reportagem que o mesmo não estava em seu gabinete e que iria informá-lo de toda a situação. Minutos mais tarde a secretária por telefone repassou as informações do secretário à redação, onde o mesmo mandou dizer que quem está designado a resolver o problema é a Secretaria de Regularização Fundiária (SEMUR). A reportagem ligou para SEMUR, mas, o único telefone disponível encontrava-se ocupado.