Conselheiro presta contas e fala sobre seu mandato no Conselho Municipal de Previdência

Da Redação

23 de Dezembro de 2008 às 18:37

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Conselheiro presta contas e fala sobre seu mandato no Conselho Municipal de Previdência

Foto: Divulgação

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O conselheiro de Saúde Raimundo Nonato Soares deixa o Conselho Municipal de Previdência do IPAM no dia 31 de dezembro e com ele, várias ações importantes que evitaram, dentre outras coisas, sangria dos cofres públicos e que deram muito mais transparência ás ações realizadas pelo Instituto com o dinheiro do servidor municipal.

Mesmo tendo sido literalmente sacado do cargo de presidente do Conselho Previdenciário, Raimundo Nonato diz que sai com a cabeça erguida e a consciência tranqüila pelo dever cumprido, mesmo tendo ficando apenas dois anos exercendo a função. “Os embates foram muitos, mas acredito que consegui cumprir minha parte”, diz.

“Nesses dois anos, consegui quebrar um tabu de 17 anos dentro do IPAM, quando derrotei o Poder Executivo que comandava a presidência do Conselho Previdenciário há quase duas décadas. Talvez tenha sido por isso que fui tantas vezes perseguido pelo Executivo Municipal que via em mim uma ameaça ás ações irregulares com o dinheiro do servidor municipal”, ressaltou Nonato.

As perseguições começaram já nos primeiros dias na Presidência do Conselho quando, segundo Nonato, ele conseguiu barrar a retirada de R$ 3 milhões do Fundo de Assistência Médica dos Servidores do IPAM para a construção de cem casas populares pela administração Roberto Sobrinho. “O Executivo chegou até a enviar ofício para que os vereadores aprovassem o projeto, mas conseguimos barrar o projeto, ao ameaçar com denúncia no Ministério Público”, lembra.

Raimundo citou outras situações que culminaram com a preservação do dinheiro do servidor como o resgate da dívida que a Câmara Municipal tinha com o Instituto, no valor de R$ 9.417.000,00. Além desses houve outros embates com o Executivo dos quais saiu vencedor como a descoberta de um processo de encontro de contas entre Prefeitura e IPAM (processo 1534/2007) onde o Executivo alegava que o Instituto devia mais de R$ 13 milhões ao tesouro municipal. Na realidade, a Prefeitura é a maior devedora do Instituto.

“Essas eu acredito que tenham disso os processos mais complicados por qual passei. Desde essa época, as perseguições aumentaram, e fez com que o prefeito articulasse sua tropa de choque e com a participação de três conselheiros acabaram tramando um golpe para me tirar da Presidência. Foi aí que comecei a perceber que incomodava muito, mas nada foi forte o suficiente para que eu desistisse de denunciar todas as irregularidades que estavam ocorrendo”, ressaltou.

De acordo com o sindicalista, tudo o que foi narrado mostra o trabalho que foi feito. “È por isso que saio com a cabeça erguida. Depois disso tudo ainda fui impedido de ser candidato na eleição de coordenador de Previdência do IPAM. Posso não ter vencido a eleição, mas pelo menos, via judicial, pude participar do pleito”, disse Nonato. Ele lembra que, o último golpe contra o Executivo Municipal foi a denúncia que culminou com uma auditoria nacional nas contas do IPAM. “Tudo o que denunciei tenho documentos e tenho certeza que todas essas irregularidades ainda vão desaguar no Poder Municipal”, finalizou ele, lembrando que em 2010 estará se candidatando na próximas eleições.

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