Ocorrido há mais de 40 dias em pleno horário de expediente, o assassinato do auditor fiscal Armando Dalarte, ex-Delegado da Secretaria de Estado de Finanças em Ji-Paraná, ainda não foi esclarecido pelos órgãos de segurança do Estado, o que tem gerado revolta entre os auditores fiscais. Para protestar contra a impunidade e falta de resposta relativa ao caso, os auditores fiscais do Estado poderão paralisar as atividades na próxima semana.
O Sindicato dos Auditores Fiscais de Tributos Estaduais de Rondônia enviou no dia 05/11 ofício ao secretário de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania, Evilásio Silva Sena Júnior, no qual cobra providências e resposta por escrito sobre os procedimentos que estariam sendo adotados.
O presidente do Sindafisco, Mauro Roberto da Silva, disse que a categoria não tem dúvidas quanto à motivação do crime. “Está patente que se trata de um crime motivado pelo exercício profissional”, destacou Mauro. “Além de ser uma ofensa a todos os auditores fiscais, esse crime brutal e covarde é uma afronta ao próprio estado de Rondônia, porque o profissional estava no exercício da sua função, de fiscalizar, em nome do Estado, o cumprimento da legislação tributária”.
Em resposta ao ofício do Sindafisco, a Sesdec encaminhou documento informando que providências estão sendo tomadas, o que, de acordo com Mauro Roberto, não é satisfatório. “Queremos saber o que realmente estão fazendo as autoridades para identificar, prender e punir o culpado ou os culpados pelo crime. Não vamos deixar esse caso cair no esquecimento. Os auditores fiscais já não se sentem seguros para cumprirem o seu papel de agente fiscalizador”, disse.
Armando Dalarte foi brutalmente assassinado a tiros quando chega ao trabalho, na Delegacia Regional da Receita Estadual, em Ji-Paraná. “Este não é o primeiro caso em que a categoria é atingida por exercer de maneira exemplar as suas funções. Não vamos admitir a repetição de fatos lamentáveis como este”, disse Mauro.