A Prefeitura de Cacoal está em vias de enfrentar um novo escândalo, dessa vez na área da saúde. A prefeita Sueli Aragão (PMDB) adquiriu recentemente um oxigênio hospitalar com nível de pureza abaixo do exigido pelas autoridades da saúde.
Fiscais da Agência Estadual de Saúde (Agevisa), antiga Vigilância Sanitária do Estado, constataram através de exames de amostras que o oxigênio adquirido pela Prefeitura de Cacoal é impróprio para uso hospitalar e pode até matar. Todo o estoque de oxigênio da Unidade Mista de Cacoal foi lacrado pelos fiscais da Agevisa.
Nos exames preliminares, a Agevisa aferiu que a qualidade do oxigênio adquirido é de menor que 70%, quando o exigido é no mínimo de 97% de pureza. Menor de 3% de impureza é considerado ar comprimido e serve para soldagem e encher pneu de veículos.
O uso terapêutico desse oxigênio de baixa concentração coloca como vítimas em potenciais crianças, idosas e pacientes em estado de convalescença e com debilidade no sistema imunológico.
O oxigênio comprado pela Prefeitura de Cacoal, segundo informações do oobservador, foi adquirido da empresa Oxigênio da Amazônia, com sede em Porto Velho.
Em sua página na Internet, a empresa diz que possui como clientes vários hospitais da rede pública e privada, inclusive clínicas especializadas em tratamento de pacientes renais na capital e em município do interior do Estado.