Motociclistas exigem falar com prefeito para que a atividade seja autorizada na cidade
Aproximadamente 200 integrantes da Cooperativa de Locação de Motos estão na frente da Prefeitura Municipal e exigem falar com o prefeito, porém Roberto Sobrinho está no distrito de União Bandeirantes e só volta à tarde. O Coronel responsável pela segurança do prédio solicitou aos integrantes da cooperativa que montassem uma comissão de quatro pessoas para conversar com a chefe de gabinete ou com os secretários, porém os motociclistas afirmaram que só falam com o prefeito.
O clima está tenso no local, pois na praça estão os cooperados da locadora de motos e do outro lado da rua estão os taxistas que acompanham todos os movimentos do grupo de motociclistas.
Os integrantes da Cooperativa querem autorização para trabalhar. O presidente da Cooperativa, João Henrique de Miranda, argumentou que assim como o cidadão têm o direito de escolher em quem votar e o direito de ir e vir, ele também tem o direito de escolher seu meio de transporte. “O cidadão pode muito bem contratar uma moto e um condutor para ficar à disposição dele e levá-lo para onde quiser à hora que quiser”, afirmou Miranda.
O LACRE
A prefeitura lacrou a casa de apoio dos motociclistas porque a mesma está funcionando em local diferente do que consta no Alvará de Localização e ainda por haver denúncias e suspeitas por parte dos taxistas e motoristas de ônibus de que na verdade ali seria uma empresa de mototáxi, o que não consta no Alvará.
Na sua atividade principal a empresa está registrada como “serviço de entrega rápida; locação de outros meio de transporte sem condutor e locação de mão-de-obra temporária”.
Com esta atividade, de acordo com Miranda, a pessoa pode ligar e pedir medicamentos, alimentos, transporte de valores e ainda, para aqueles que não têm habilitação, contratar uma moto com condutor para transportá-lo conforme contrato previamente acertado.
“Não faremos o trabalho de mototaxistas, todas as motos ficarão sempre acompanhadas do Álvara da empresa e do contrato firmado com o cliente, conforme descrito na Ata de Constituição da Cooperativa”, afirmou o presidente.
A BRIGA
Para o presidente da Cooperativa de Táxi , Francisco Ferreira dos Santos, os mototaxistas estão invadindo a cidade, pois muitos são do interior e pretendem entrar de forma clandestina no transporte de passageiros em Porto Velho.
Durante a maior parte da manhã (desde as 8h até às 11h), o clima foi tenso na frente da Cooperativa. Os taxistas impediam a saída das motos e tentaram impedir com obstáculos o portão de saída da garagem das motos.
Após o prédio ser lacrado, a Polícia Militar solicitou que os motoristas de ônibus e os taxistas saíssem do local. Os ônibus saíram mais rápido, porém os taxistas permaneceram causando tumulto e tentando evitar a saída das motos, pois afirmavam que dali eles iriam pegar passageiros.
O comandante da operação, tenente Silva, teve que chamar a atenção dos taxistas e exigir a saída dos mesmos, caso contrário iria tomar medidas radicais.
Após a saída de muitos taxistas. Os motociclistas começaram a sair da Cooperativa em comitiva, na direção do prédio da Prefeitura