Até dezembro, as exportações de laminados e compensados através do Porto Organizado de Porto Velho devem superar em cerca de 40% o total embarcado para o exterior durante 2006. A previsão é da direção da Sociedade de Portos e Hidrovias (SOPH), empresa pública controlada pelo Governo do Estado e que administra o parque portuário da capital.
A substituição do transporte por caminhões pelo modal hidroviário deve-se à racionalização de operações e à redução de custos propiciada pelo Porto de Porto Velho, que recebeu investimentos maciços desde 2003, tanto em maquinário e equipamentos como em infra-estrutura logística.
“Estamos alcançando a meta de reduzir custos e também o tempo entre embarque e desembarque nas operações da Hidrovia do Madeira”, afirma o titular da Secretaria de Estado da Agricultura, Produção e do Desenvolvimento Econômico e Social (SEAPES), Marco Antonio Petisco, à qual a SOPH está ligada dentro do organograma administrativo estadual.
“A madeira beneficiada que é destinada à exportação cada vez mais é despachada preferencialmente a partir dos cais e atracadouros, em vez de seguir por caminhões até os portos de Santos e Paranaguá”, explica a presidente da SOPH, Leandra Vivian. A redução nos embarques de soja, por outro lado, devido à baixa das águas do rio Madeira, deve-se tanto a questões de segurança da navegação quanto à conveniência econômica: “Torna-se antieconômico para os exportadores limitar o volume de soja a 700 ou 800 toneladas por balsa, por causa da redução da régua”.
A circunstância climática, no entanto, permite às equipes de manutenção do Porto Organizado acelerar seus trabalhos, principalmente em relação ao maquinário e às vias internas, que são utilizados 24 horas por dia, e que devem voltar à plena atividade tão logo as chuvas recomecem a alimentar as cabeceiras do Madeira.
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