Moradores de área de risco estão preocupados com contaminação em canais que percorrem capital – Veja fotos e vídeo

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Foto: Divulgação

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Uma das preocupações relativo ao escoamento de dejetos domésticos e hospitalares na capital diz respeito a contaminação das bacias hidrográficas secundárias que acaba prejudicando as águas que cruzam os canais, especificamente do Canal dos Tanques (que compreende os bairros Nova Porto Velho, Embratel, Liberdade, São João Bosco, São Cristovão, Olaria, Costa e Silva e parcialmente Nossa Senhora das Graças), tem mobilizado uma série de obras da Prefeitura, deslocamento de moradores que habitavam suas margens há anos. Porém, durante o longo percurso do canal ainda existem moradias – algumas sobre palafitas – e um grande perigo na proliferação de doenças causadas quando chegar o chamado “inverno amazônico”, período de chuvas que inicia no mês de novembro.
Um estudo feito em 2006 pelo engenheiro civil Emanuel Néri apontou que foram identificadas na malha hidrográfica da capital 11 bacias secundárias – entre elas: Tanques, Tancredo Neves, Mariana, Caladinho, Nacional, I Grande, Novo Horizonte, Marcos Freire, Pantanal, Penal e Santa Bárbara -, e que apresentam mais de 100 km de extensão de igarapés e mais de 200 nascentes. Todas, segundo ele, estão totalmente contaminadas
Ainda sobre o Canal dos Tanques Emanuel Néri destacou que todos os dejetos domésticos e hospitalares são despejados neste canal, que na década de 60 e 70 ainda era parcialmente preservado. “Hoje, boa parte das áreas de proteção permanente está ocupadas por cercas e muros de residências e casebres de palafitas”, apontou o engenheiro em sua pesquisa.
MORADORES EM PERMANENTE RISCO
A aposentada Maria de Lurdes da Silva, moradora há mais de 20 anos em uma vila que fica localizada às margens do Canal dos Tanques, no bairro São João Bosco, na rua José Ribeiro Filho, disse que as 10 famílias que ali vivem já estão preocupadas com o inverno, pois algumas casas ficam submersas, aumentando o risco de contaminação com a proliferação de doenças causadas pelo lixo acumulado e dejetos que percorrem as águas do canal.
Maria de Lurdes disse que em época de eleição muitos candidatos aparecem no local prometendo soluções milagrosas para o problema, mas sem qualquer efeito concreto de fato para resolver. “Depois somente nas próximas eleições reaparecem com as mesmas promessas. Isso até virou hábito”, disse não escondendo o desapontamento.
Em relação as estruturas dos barracos naquele perímetro, a aposentada ressaltou que tanto a dela quanto a dos demais estão comprometidas e a qualquer momento um grande deslizamento pode acontecer, pois as madeiras que servem como pilastras das casas estão podres e já não sustentam com segurança os imóveis – grande parte deles já se encontra em declive. “Com a chegada das chuvas um acidente pode acontecer”, apontou a moradora.
O contraste social no bairro que fica a poucos quilômetros do centro da capital é grande, pois casarões, casebres e edifícios se misturam às casas precárias e insalubres que servem de moradias para um pequeno nicho da população que não tem para onde ir.
“IGARAPÉ GERAL”
De acordo com assessoria de comunicação da Prefeitura de Porto Velho em relação a esse problema, ocorrerá um beneficiamento dos moradores que vivem esse drama, com a previsão de atender cerca de 1.200 famílias que vivem as margens desses canais em conjuntos habitacionais. Um dos projetos do município é chamado de “Igarapé Geral”, que atenderá os bairros Lagoinha, 04 de janeiro, Canal dos Tanques e o Cuniã.

A assessoria ressaltou que quem mora em área de risco será removido para conjuntos habitacionais, como ocorreu com alguns moradores que foram cadastrados próximos à Rodoviária, no bairro Embratel. (Maique Pinto/Marcos Souza)

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