É de se espantar a grande cruzada que alguns políticos de nosso Estado fazem contra a construção de um empreendimento empresarial em Porto Velho. Estou me referindo à construção do Porto Velho Shopping, que se localiza na esquina das Avenidas Rio Madeira com Calama, principalmente as ações do Vereador Municipal, Kruger Darwich (PC do B) e do Deputado Estadual Valter Araújo (PTB).
O Espanto refere-se a duas questões que chamo a atenção. Primeiro que esses mesmos políticos devem ter sido eleitos prometendo trabalhar em prol da população de Rondônia, principalmente facilitando a atração de novos empreendimentos para o Estado e incentivando ações de geração de trabalho, até aí nada diferente, visto que são ações em prol do Estado e de sua população tão carente.
Aliás, essas promessas vêm bem a calhar com o discurso de alguns Deputados Estaduais para se diferenciar da maioria dos parlamentares da Legislatura anterior, visto que houve uma grande renovação e foram eleitos prometendo mudanças.
Ocorre que não é bem isso que vem ocorrendo. Ora, por que alguns Deputados Estaduais querem criar problemas para a construção desde Shopping? Primeiro, aprovaram na calada da noite uma legislação ambiental totalmente descabida e direcionada contra este empreendimento e agora a cruzada continua com a ameaça de uma CPI.
Será que é proibido fazer empreendimentos empresariais em Rondônia? Será que a iniciativa privada em nosso Estado não pode trabalhar sossegada? O que será que está por trás dessa cruzada?
O segundo, refere-se em tornar uma briga empresarial, ou seja, privada, em algo de interesse público. Todos sabem que há uma disputa empresarial e comercial, totalmente legítima, na construção de dois shoppings centers em Porto Velho, e segundo as notícias que circularam este final de semana, indicam que o Poder Legislativo de Rondônia, ou seja, a Assembléia Legislativa, e seus vinte e quatro Deputados Estaduais (do interior e da capital) irão comprar essa briga através da instalação de uma CPI, que já foi proposta e aprovada na Comissão de Meio Ambiente daquela Casa de Leis.
Resta saber, no que se refere a CPI, qual será o objeto da mesma. Arrisco alguns: não cabem dois empreendimentos em Porto Velho, portanto um tem que acabar. Não há desempregados suficientes em Porto Velho para os dois empreendimentos. Grupos empresariais de forma do Estado não podem ser proprietários de empreendimentos em Rondônia... Ou será a tal “nascente”? Que já foi comprovada que não existe.
Aqui termino conclamando a Assembléia Legislativa de nosso Estado e seus Deputados Estaduais a não tornar uma disputa particular, uma disputa privada, em interesse publico, fazendo com que a Casa de Leis tome partido por um dos dois empreendimentos, senão seremos mais uma vez manchete nacional “Deputados de Rondônia não querem a construção de shopping centers em Porto Velho”.
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Tácito Pereira é Presidente PT/Rondônia
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