Notícias da Região Norte - Acre, Amazonas e Roraima
Foto: Divulgação
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ACRE
Terremoto no Peru atinge Cruzeiro e Rio Branco
O prédio da Secretaria Estadual de Saúde tremeu no final da tarde de ontem. O secretario de saúde, Oswaldo leal, informou que os funcionários evacuaram o prédio às pressas e chamaram o Corpo de Bombeiros. De acordo com tenente Almir Vieira, não foram constatados danos à estrutura do edifício, como portas emperradas ou rachaduras.
“De repente meu colega ficou olhando para a mesa à sua frente e percebeu que os objetos estavam tremendo. Ele ficou assustado e disse que a mesa estava balançando. Então, sentei na cadeira e notei que realmente o prédio estava balançando. Quando olhei o relógio eram exatamente cinco horas”, explicou uma funcionária. Ela informou também que o prédio vizinho apresentou rachaduras.
O tenente Almir disse que a unidade do Corpo de Bombeiros de Cruzeiro do Sul informou, extra-oficialmente, que várias pessoas sentiram um abalo sísmico na região. Nos dados fornecidos pelo sitio do Eartquake, epicentro foi localizado na região de Pucallpa, perto da fronteira entre Peru e Brasil, e magnitude de 6,3 graus na escala Richter. Atingiu também Cruzeiro do Sul.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Núcleo de meteorologia da Universidade Federal do Acre (Ufac) foram acionados, mas não havia nenhuma informação a mais sobre o fenômeno.
Em Porto Velho, Rondônia, funcionários também abandonaram o prédio do Núcleo de Administração da Justiça de Rondônia. Após uma vistoria, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros decidiu interditar temporariamente o edifício até que seja feita uma avaliação de toda a estrutura.
Hoje uma equipe de engenheiros do Corpo de Bombeiros fará mais uma vistoria minuciosa no prédio. No relatório final, o tenente informou que sugerirá ao governo que mande mais uma equipe de técnicos para fazer um levantamento do terreno.
Fonte: Jornalatribuna.com
AMAZONAS
As modificações das regras para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), anunciadas na semana passada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), farão com que o processo fique mais caro e demorado, segundo instrutores e proprietários de auto-escolas de Manaus. De acordo com as novas determinações do conselho, haverá aumento na carga horária das aulas de legislação e também de direção. As informações são do jornal Diário do Amazonas de hoje (27).
Atualmente, na legislação, por exemplo, o candidato paga R$ 75, por 30 horas de aula. Com isso, segundo instrutores e donos de auto-escolas, o aluno paga, em média R$ 2,5 por hora de aula. A partir do dia 1º de janeiro de 2009, quando as determinações entrarão em vigor e se a média do valor por hora de aula permanecer, a estimativa é de que o valor pago passe a ser R$ 112,50. Segundo o Contran, as aulas de legislação passarão de 30 para 45 horas.
Aumento
As aulas de direção, que passarão de 15 para 20 horas, também sofrerão aumento, segundo as auto-escolas. Caso seja calculado o valor por horas de aula, para a categoria B (carro), que atualmente o candidato paga, em média, R$ 400, com o aumento na carga horária, o serviço poderá passar a R$ 534. Já a categoria A (motocicleta), que atualmente custa R$ 240, passará a custar R$ 320.
Os candidatos à habilitação da categoria C (veículos de médio porte para transporte de cargas) e D (microônibus) pagam, atualmente, R$ 615, e podem ter que pagar cerca de R$ 820, caso o reajuste seja feito por horas de aula. Para a categoria E (carretas), o valor pago é de R$ 877, e, em 2009 pode passar a custar, R$ 1.169. A média por hora de aula varia de R$ 16 a R$ 58,4, de acordo com a categoria. Os valores podem mudar de acordo com a forma de pagamento, afirmaram os donos de auto-escolas.
Segundo a diretora-presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/AM), Mônica Melo, a mudança nos preços dos serviços, a partir de janeiro de 2009, ainda não foi totalmente definida. “Ainda iremos nos reunir com os proprietários das auto-escolas pra verificar essa questão”, afirmou.
Conteúdo
Outra mudança nas regras será o aumento do conteúdo sobre o consumo de bebidas alcoólicas nas aulas de legislação. Os condutores de motos poderão fazer testes em avenidas públicas e não apenas em pistas apropriadas. Haverá ainda testes durante chuvas. “É importante que os condutores estejam preparados para qualquer tipo de situação. Essas medidas visam diminuir os acidentes de trânsito”, explicou.
A diretora-presidente do Detran/AM disse ainda que haverá modificações nos materiais didáticos das auto-escolas e aumento de horas de trabalho e salários dos instrutores. “Ainda não verificamos se haverá aumento nas taxas, ou se tabelaremos preços com os donos das auto-escolas. Ainda temos quatro meses pela frente”, informou Mônica Melo.
Fonte: portalamazonia.com
RORAIMA
RAPOSA SERRA DO SOL - STJ começa julgamento; clima é tranqüilo
As vésperas do julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que decidirá a legalidade da demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol em área contínua, o clima registrado na Vila Surumu, epicentro dos conflitos entre índios e não-índios pela posse da área, é de tranqüilidade e muita expectativa.
A apreciação do mérito da primeira de 33 ações que tramitam na Corte contra a demarcação única de uma área de 1,7 milhão de hectares deve durar dois dias. Os 11 ministros se reúnem no plenário às 9h de hoje e voltam a se juntar amanhã, a partir das 14h, para dar continuidade ao julgamento.
O início dos trabalhos pela manhã em pauta única é uma excepcionalidade a que o Supremo só se permite em julgamentos de grandes repercussões, como é este caso. Normalmente, as sessões acontecem à tarde, podendo chegar até a três apreciações.
A Folha percorreu 120 quilômetros pela BR-174 e 26 quilômetros de estrada de chão batido até chegar à Vila Surumu, considerada porta de entrada da Raposa Serra do Sol. Antes, a reportagem obteve autorização por escrito da Fundação Nacional do Índio (Funai) para realizar entrevistas e registros audiovisuais de indígenas da região.
Ontem quatro policiais federais e 12 soldados da Força Nacional de Segurança faziam a segurança em Surumu. Ao mesmo tempo, 10 funcionários da Funai permaneciam na área auxiliando e fiscalizando atividades indígenas e de entidades presentes. Polícia Federal, Força Nacional e Funai possuem servidores de sobreaviso na sede dos municípios de Pacaraima e Boa Vista, prontos para agir em caso de necessidade.
Quem chega a Surumu logo percebe a divisão entre os moradores. Do lado direito da vila estão localizados os índios ligados à Sociedade de Defesa dos Índios Unidos do Norte de Roraima (Sodiur), favoráveis à permanência de não-índios e do setor produtivo na região.
De acordo com o tuxaua do Sodiur, o índio amazonense da etnia Baré José Brazão, o momento é de aguardar com tranqüilidade a decisão do STF. Com otimismo, disse acreditar em uma decisão favorável aos seus pleitos. Em caso contrário, pede que ao menos a Vila Surumu seja excluída da homologação contínua.
Para hoje, considerado dia “D”, Brazão afirmou que reunirá os indígenas ligados à causa e alguns moradores da sede de Pacaraima para acompanharem juntos, vestidos de blusas verdes e amarelas, o julgamento do STF. Em plena Vila Surumu, no meio do lavrado, um morador possui TV a cabo. Eles irão se reunir e conferir a transmissão ao vivo pelo canal da TV Justiça. “Vamos aguardar a decisão para só então decidirmos com as lideranças que postura vamos adotar”, disse o líder indígena.
À esquerda da vila vivem os índios membros do Conselho Indígena de Roraima (CIR), defensores da terra como usufruto exclusivo dos indígenas. Nos últimos dias, centenas de índios chegaram à vila em apoio aos seus pares. Cerca de 500 estão na região.
Durante o dia de ontem, os índios permaneceram alojados na quadra esportiva da localidade, em residências de familiares e em barracas improvisadas. Músicas indígenas e forró animavam o ambiente.
A Folha tentou ouvir índios do Conselho Indígena de Roraima, quanto a expectativa para o julgamento do Supremo previsto para iniciar hoje. Porém os índios afirmaram que autorização da Funai não era suficiente para que eles concedessem entrevistas. É preciso uma autorização similar do CIR. Até o fechamento desta edição, às 18h30, a reportagem não havia conseguido tal permissão.
Às 19h30, quando a Folha saiu da Vila Surumu em direção a sede de Pacaraima, havia a expectativa de que parte dos moradores da cidade chegassem a Surumu para realizarem uma vigília sobre a ponte do rio Surumu, que foi palco dos conflitos pela posse da terra, em março e abril deste ano. Estes moradores estariam apoiando os indígenas da Sodiur.
Fonte: folhabv.com
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