O senador Expedito Júnior (PR/RO) recebeu em seu gabinete, em Brasília, um grupo de camponeses que foi vítima do massacre de Corumbiara, em Rondônia, em 1995. Eles estão em Brasília para tentar uma audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que o governo federal pague uma indenização e tratamento de saúde para as famílias.
Expedito Júnior usou a tribuna do plenário do Senado para registrar a caravana de camponeses em Brasília e falou sobre a necessidade de o governo federal indenizá-los.
“Durante a campanha política, quando visitou Rondônia, o presidente Lula esteve no local e prometeu que, se eleito fosse, daria a indenização e que os camponeses teriam o seu direito ao pedaço de terra. Na verdade, os camponeses de Santa Elina já têm o seu pedaço de terra, mas as indenizações àquelas famílias ainda não vieram”, afirmou o senador.
Segundo informou o camponês Elias Quirino da Silva, ninguém foi responsabilizado pelas torturas que as pessoas sofreram. “Crianças e mulheres ficaram sem ter como sobreviver. Até hoje não recebemos indenização”, afirmou. Elias disse que até hoje muitos trabalhadores estão debilitados física e emocionalmente por causa das seqüelas causadas pela ação ilegal.
O senador Expedito Júnior fez um apelo para que o presidente honre o compromisso feito às famílias vítimas do massacre. “Dessa forma, poderemos virar, de uma vez por todas, essa página que manchou o nosso Estado e a história do Brasil”, destacou.
O massacre do Corumbiara ocorreu durante a desocupação da fazenda Santa Elina e, na madrugada do dia 9 de agosto daquele ano, foram surpreendidos com a chegada de homens armados que mataram e torturaram homens, mulheres e crianças. Pelo menos 16 pessoas foram mortas e sete estão desaparecidas.