Acusado de assassinar jovem militante do MST vai a Júri Popular em Ouro Preto

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Foto: Divulgação

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Depois de ser adiado (estava programado para acontecer dia 29/04) por falta de recursos financeiros para o recambiamento do réu, será realizado no próximo dia 22/08 (sexta-feira), a sala do Júri Popular do Fórum da Comarca de Justiça de Ouro Preto, o julgamento de  Edson Balbino Neiva, 28 anos, acusado de assassinar com requintes de crueldade a militante do Movimento dos Sem Terra  (MST) Valdete Aparecida Alves.

O crime aconteceu no assentamento Margarida Alves, distante cerca de 15 quilômetros do município de Nova União. Quando foi assassinada, Valdete tinha 18 anos.

O julgamento é cercado de grande expectativa por parte das autoridades e para isso está sendo montado um esquema de segurança para garantir a integridade física de todos que se fizerem presentes.
É esperada a vinda de caravanas de trabalhadores ligados aos movimentos sociais de todo Estado de Rondônia além de líderes de outros Estados da federação. A entrada na sala do Júri Popular será controlada pelos órgãos de segurança pública (Policias Militar e Civil).

Em contato com a reportagem os advogados de defesa José Martins dos Anjos e Marcos Jane Donizetti afirmaram que ainda estão analisando toda peça do inquérito policial para ter uma linha de defesa que será colocada em prática durante o julgamento que é considerado o mais importante deste ano de 2008 devido o crime ter tido uma repercussão a nível internacional sendo inclusive objeto de reportagem no programa Linha Direta da Rede Globo de Televisão no ano de 2004.
Crime


Segundo constam nos autos, o crime ocorreu no dia 07 de novembro de 2000 em Nova União.  Edson, filho do então presidente da Câmara dos Vereadores Dercino Balbino Neiva, conheceu Valdete numa festa. Ela morava em um assentamento. As diferenças sociais não atrapalharam o romance e o namoro durou quatro meses. Valdete ficou grávida e tudo mudou na relação.
De carinhoso, o rapaz tornou-se agressivo. Ele rompeu o relacionamento e ofereceu R$3 mil para Valdete abortar. Mas ela não aceitou a proposta. Edson arquitetou um plano macabro para se livrar da namorada e do filho que ela esperava dele. Edson convenceu Valdete a fugir para casar.

Numa área de reserva ambiental, ele deu dois tiros de espingarda na namorada. Depois, com a ajuda do empregado do seu pai (Dercino) José dos Santos Silva, vulgo Severino; escondeu o corpo.
A ossada de Valdete foi encontrada três meses depois. Foi necessário um exame de DNA para identificá-la. Edson e Severino foram presos. Edson negou seu envolvimento do crime, mas Severino contou todos os detalhes do assassinato segundo relato do delegado José Luiz Moreira que presidiu todo inquérito policial.
O filho do vereador fugiu da Casa de Detenção de Jaru em fevereiro de 2002. A fuga foi comprada pelo pai dele, que chegou a ser condenado por isso. Edson Balbino Neiva foi preso através de uma denúncia anônima na cidade de Itupiranga, no sudeste do Pará. Ele portava documentos com nome falso e não reagiu à prisão.

Edson estava vivendo na zona rural da cidade onde tinha um terreno e criava gados. Ao ser localizado e preso pela segunda vez, Edson confessou participação no crime, mas alega que quem efetuou os disparos foi Severino.
O acusado do assassinato estava  preso na Cadeia Pública de Marabá (PA). Depois da liberação de recursos financeiros por parte do sistema penitenciário do Estado de Rondônia, foi trazido para a Casa de Detenção local onde aguarda o dia do seu julgamento.
Caso seja condenado pelo Júri popular provavelmente será recambiado para o presídio Agenor de Carvalho em Ji-Paraná ou até mesmo o Urso Branco em Porto Velho. A reportagem procurou Edson para que o mesmo falasse sua versão, mas invocando seus direitos constitucionais preferiu só falar em juízo ou através de seus advogados.
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