O oitavo fenômeno da friagem desse ano trouxe além de baixas temperaturas durante a madrugada, uma queda espontânea dos níveis de umidade relativa do ar em Rondônia, Acre e sudoeste do Amazonas. Nos próximos dias, esses Estados permanecem sob Estado de Atenção em virtude da baixa umidade.
O ar seco voltou com força ao sul da Amazônia neste final de semana. A intensa massa de ar frio - de característica mais oceânica, que hoje causa recorde de frio no Sul, Sudeste e sul do Nordeste brasileiro - teve força suficiente para chegar até o sul da Região Norte provocando uma nova queda de temperatura. A mínima registrada em Rondônia foi de 13,8°C em Cabixi e 14°C em Vilhena na manhã desta segunda-feira. Junto com o ar frio, a secura também foi bastante notória. Na tarde desse domingo, Rio Branco no Acre registrou às 15 horas (local), apenas 12% de umidade relativa, valor este considerado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como Estado de Emergência. Em Rondônia, os menores valores registrados também no domingo foram de 22% em Ji-Paraná e 24% em Vilhena, valores considerados como Estado de Atenção.
Nesta semana, o ar seco deve reinar firme e forte em todo o Estado. Muitas cidades permanecerão sob Estado de Atenção e até Estado de Alerta, em virtude da falta de umidade no ar. A OMS classifica valores entre 30% e 20% como Estado de Atenção, entre 20% e 12% como Estado de Alerta e abaixo de 12% como Estado de Emergência. A falta de umidade no ar afeta diretamente o ser humano. Micoses, problemas respiratórios e circulatórios, cansaço, fadiga e até paradas cardio-respiratórias já foram registradas devido à baixa umidade. A OMS recomenda evitar lugares muito fechados, com aglomeração de pessoas, evitar exposição muito tempo ao sol entre 10 e 17 horas e tomar muita água. Dentro de casa recomenda-se usar toalhas molhadas na cabeceira da cama e bacias com água nos quartos. Evite manter folhagens ou qualquer outro tipo de planta natural dentro de casa. Durante o dia, as plantas ajudam na renovação do ar. Sugam o gás carbônico e transformam em oxigênio, mas no período da noite elas são como nós. Sugam o oxigeno e liberam ainda mais gás carbônico.
*
VEJA TAMBÉM:
*
METEOROLOGIA - Próxima madrugada promete ser a mais fria do ano em Rondônia
*
METEOROLOGIA - Ar frio paira no sul de Rondônia