ACIDENTE - Testemunhas afirmam que motorista do ônibus saiu da pista várias vezes antes da colisão com carreta

Da Redação

16 de Julho de 2008 às 16:39

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ACIDENTE - Testemunhas afirmam que motorista do ônibus saiu da pista várias vezes antes da colisão com carreta

Foto: Divulgação

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As averiguações e vestígios colhidos no local do acidente pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), entre um ônibus e uma carreta de transporte de combustível que matou 16 pessoas na última sexta-feira(11), cerca de 20km antes de chegar ao município de Ouro Preto D´Oeste, mostram que o ônibus saiu da pista repentinamente ocasionando a tragédia, conforme Boletim de Acidente de Trânsito 399938. Uma testemunha ouvida no local pelos agentes e peritos chegou a afirmar que em determinado momento ao se aproximar do ônibus, antes da tragédia, quis ultrapassá-lo, mas percebeu que o motorista estava zigue-zagueando na pista. Com receio, a testemunha optou por deixar o ônibus se afastar e alguns minutos depois viu o clarão ocasionado pelo acidente. Outra pessoa que sobreviveu a tragédia, em depoimento informal à equipe do delegado Cristiano Lopes Ferreira, responsável em instaurar o inquérito, afirmou que antes do ônibus chegar em Jaru (cidade próxima de Ouro Preto), passageiros do ônibus pediram ao motorista que tivesse mais calma, que dirigisse com cuidado, pois o mesmo algumas vezes saiu da sua pista e deixou muitos passageiros inseguros e bastante preocupados. De acordo com delegado, Cristiano Lopes Ferreira, mesmo tendo o inquérito o prazo de 30 dias para conclusão após a instauração (que será feita quando receber o boletim da PRF e o laudo pericial), ainda terá que aguardar o término da identificação dos corpos. “Em função da demora na identificação dos corpos ainda não posso calcular em quanto tempo apresentaremos as causas do acidente”, explicou. No dia do acidente foram identificados apenas o corpo do motorista da carreta José Fernandes de Oliveira, pois ele estava sozinho na carreta e também após a confirmação de objetos pessoais que usava pela família e do passageiro do ônibus Valdir Benício da Silva, que foi socorrido com vida mas faleceu no hospital. O laudo pericial está sendo feito por um perito da Polícia Técnica de Ji-Paraná e o delegado acredita que deve ficar pronto em até uma semana. IML Dos 13 corpos encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) para identificação somente três foram identificados até agora em função do estado em que se encontravam (carbonizados). Os corpos de Luiz Ferreira Castil Filho, Francinéia Gomes do Rosário e de sua filha, de apenas seis anos, Liz Eduarda Gomes do Rosário foram identificados através da arcada dentária e entregues às suas famílias. A equipe de peritos do IML tenta identificar as demais vítimas independente do exame de DNA, todos os dias familiares das vítimas levam algum dado adicional que pode servir para auxiliar na identificação. Para ajudar nos trabalhos da coleta de material tanto das vítimas como dos familiares a perita Heloísa Auller veio de São Paulo para se juntar aos peritos de Rondônia. Heloísa foi a coordenadora da identificação dos corpos, também carbonizados, no acidente do avião da TAM, que vitimou 186 pessoas em Congonhas, no dia 18 de julho do ano passado. Após recolhido todo o material para o exame de DNA, que será enviado para fora do estado, o prazo provável para que cheguem os resultados é de 30 a 45 dias.

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