Quando em todo o mundo se debate o esquecimento global em Ouro Preto do Oeste, muitos moradores e comerciantes vem dando péssimo exemplo de como se deve para preservar a natureza. Em um claro crime contra ao meio ambiente os proprietários das residências nº. 1048 e 1030 localizadas na Rua Dos Seringueiros resolveram por conta própria mutilar dois pés de árvores com o pretexto de que as mesmas estavam atrapalhando danificando as calçadas e estética das respectivas residências.
De acordo com a diretora do Departamento de Meio-Ambiente da prefeitura municipal a turismologa Regina Daudt de Araújo, os proprietários das residências que mutilaram os dois pés de árvores já foram notificados e autuados por crime contra a natureza e responderão pelos seus atos conforme preconiza a legislação vigente. “Ao tomarmos conhecimentos deste fato determinamos que a fiscalização ambiental comparecesse até o local do fato e fizesse os devidos procedimentos legais que requer o caso, já que não tinha licença para podar as árvores”, disse Regina Daudt que orienta as pessoas antes de podarem as árvores procuraram o departamento de Meio-Ambiente para montagem do processo e assim evitar as sanções previstas em Lei. No entanto a reportagem constatou que as mutilações e podas das árvores estão ocorrendo de forma discriminada em todo o município já que a fiscalização da prefeitura municipal é inerte para punir os crimes que vem ocorrendo diariamente.
Para o funcionário público estadual Antonio Francisco Almeida, e um defensor árduo da natureza, cuidar do meio ambiente urbano em uma cidade interiorana pode parecer muito pouco em face das tragédias ambientais que vêm ocorrendo no mundo. Todavia, o tema se reveste de extraordinária importância quando lembramos que a nossa população, hoje, é essencialmente urbana. “Por outro lado, qualquer ação que vise a proteger o ambiente urbano, havendo a participação do cidadão, representa a mais autêntica forma de educação ambiental”. disse Antonio Almeida.
Importância da Arborização Urbana
As árvores são essenciais à vida do homem urbano. Isso porque, por exemplo:
a) reduzem a poluição do ar, provocada principalmente pela queima de
combustíveis dos veículos automotores e indústrias; b) minimizam a poluição
sonora; c) equilibram a temperatura da cidade; d) amenizam a força do vento; e)
servem de habitat para os pássaros que enfeitam nosso quotidiano; f) protegem o
lençol freático; g) evitam o ressecamento do ar através da transpiração; h)
fornecem sombra para automóveis e pessoas; i) embelezam a paisagem. Nas sábias
palavras do Professor Alexandre Barnewitz, "se o asfalto e o concreto
embrutecem, a árvore humaniza" .
Sabe-se que a poluição atmosférica causada por veículos automotores e indústrias (liberando chumbo, dióxido de carbono e benzipireno) é algo grave.
"Como considerável fonte de poluição do ar, os veículos a motor são responsáveis pela produção de 80% de monóxido de carbono". É em decorrência
de situação como esta que se recomenda o máximo de cuidado para com a arborização urbana, sendo de se ressaltar que "estudos recentes vêm
demonstrando a importância notadamente da vegetação de porte arbóreo, salientando-se que 1 hectare de árvores assimila aproximadamente 5 toneladas de
carbono e libera 8 a 10 toneladas de oxigênio por ano”.
Sobre os benefícios da árvore em relação à amenização do calor, o Professor Luiz Paulo Sirvinskas lembra: "uma árvore isolada pode transpirar, em média,
400 litros de água por dia, produzindo um efeito refrescante equivalente a 5 condicionadores de ar com capacidade de 2.500 kcal cada, funcionando 20 horas por dia”.
Logo, preservar as árvores do espaço urbano me "arborizar a cidade é melhorar a qualidade de vida".