Pesquisa SIMPI/RO com serviços bancários mostra falta de crédito para micros e pequenos
Em pesquisa realizada no período de dezembro de 2006 a janeiro de 2007, em Porto Velho, o Sindicato da Micro e Pequena Indústria (Simpi) de Rondônia constatou que os micros e pequenos empresários da Capital têm dificuldades de acesso ao crédito bancário na Capital, embora 73% dos entrevistados tenham informado que comparecem aos bancos numa média de 10 a 30 vezes por mês, sendo que os serviços mais utilizados são os de movimentação de conta-corrente (90,4%) e de pagamentos de contas (4,8%). As constatações fazem parte da 6ª Pesquisa de Satisfação dos Micro e Pequenos Empresários sobre os Serviços Bancários de Porto Velho, realizada pela Central Brasileira de Marketing-CBM, junto a 224 empresários que atuam nos centros comerciais das avenidas Calama e Jatuarana, bairro Centro e Zona Leste, com um intervalo de 98% de confiança.
Na pesquisa, o tempo de espera (40%) e o valor das Taxas e Custos de Serviços (27%) são apontados como os fatores mais negativos na imagem dos bancos. Segundo os entrevistados, a obtenção de informações pelas agências, telefones e Internet, em geral é fácil, mas isto não se aplica quando se trata de obter capital de giro (98,4% possuem informações) ou capital para investimentos (100%). Na pesquisa 30,1% dos entrevistados reclamaram sobre as dificuldades de acesso às agências.
O Banco do Brasil, com 47,5% das respostas, ou seja, quase a metade dos empresários, aparece como o banco mais utilizado pelos micros e pequenos empresários. O segundo banco mais utilizado, de acordo com a pesquisa, é o Bradesco, com 23,8%. A Caixa Econômica Federal ficou em terceiro lugar na consulta, com 12,7%. O Banco da Amazônia e o Itaú foram apontados por 4,8% dos entrevistados. A consulta indica que o serviço bancário que atende aos micros e pequenos é bastante concentrado em apenas três bancos (Banco do Brasil, Bradesco e CEF) que atendem 84% da demanda. Vale ressaltar que 54% dos micros e pequenos utilizam mais de um banco para suas operações.
O estudo demonstra que, na opinião dos micros e pequenos empresários, são poucas as formas de atendimento consideradas ótimas nas agências. Destacam-se, em primeiro lugar, o atendimento via Internet (23,8%), seguido da comunicação/relacionamento (19%), o que indica que os bancários se esforçam para suprir as dificuldades de atendimento. Os comunicados por correspondências funcionam de modo adequado, conforme os entrevistados, assim como os caixas eletrônicos. Em compensação são contundentes as queixas contra o tempo de espera (41,2%) e acesso às agências (30,1%).