ARTIGO - Os eternos problemas da Semed - Por Valdemir Caldas

Da Redação

18 de Março de 2008 às 09:50

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ARTIGO - Os eternos problemas da Semed - Por Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

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No ano passado, o prefeito Roberto Sobrinho foi chamado às falas pelo Ministério Público do Estado de Rondônia, por causa do desabamento de parte de uma escola municipal, localizada no bairro Nacional. No começo deste ano, Sobrinho voltou a ser admoestado pelos promotores do MP, por conta de mudanças esdrúxulas e extemporâneas, implementadas pela Secretária Municipal de Educação, Epifânia Barbosa. Por pouco, centenas de crianças do ensino fundamental não perderam o ano letivo. Novamente, o MP interveio e corrigiu, no nascedouro, mais uma barbeiragem de Epifânia. Some-se a isso a eleição para provimento dos cargos de diretores e vice-diretores das escolas municipais. A pândega acabou no plenário da Câmara, depois que o vereador Mário Jorge resolveu colocar o dedo na ferida, chegando, inclusive, a ameaçar bater às portas da Justiça, para exigir o cumprimento da Lei Orgânica do Município, mas não foi preciso. Agora, é a vez de o Secretário de Política Sindical da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Raimundo Nonato, solicitar ao Procurador Geral de Justiça, Abdiel Ramos Figueira, a abertura de um processo investigatório contra a Secretaria Municipal de Educação. Segundo ele, em outubro do ano passado, a prefeitura realizou um concurso para provimento de cargos em diversas áreas da administração. Só para pedagogos, foram abertas quatrocentas vagas. Os aprovados, de acordo com o edital, seriam contratados imediatamente. Até o momento, porém, nenhum candidato da capital teria sido convocado, apesar da carência de profissionais, garante Nonato. Paradoxalmente, a prefeitura vem investindo pesado na contratação dos chamados emergenciais, o que acaba redundando em prejuízos não somente para o erário, com o pagamento de horas extras, dentre outros encargos, mas, principalmente, para os alunos, uma vez que os contratados não estariam devidamente preparados para exercer a difícil, mas gratificante, missão de ensinar. A crise que se abate sobre a educação municipal, contudo, revela quantos cuidados todos devemos ter, mesmo se as aparências desejam mostrar eventuais benefícios para a sociedade. Em vez de ficar remoendo o passado ou atirando pedras no seu ex-companheiro de partido, Nonato procurou logo o abrigo do Ministério Público, que, certamente, saberá colocar as coisas nos seus devidos lugares. O que deseja a sociedade, sobretudo os que prestaram concurso e foram aprovados, é que seja usado um só peso e uma só medida, para coibir as injustiças e os abusos eventualmente cometidos. Deixar prevalecer à vontade de uns poucos, quando a grande maioria tem limitados seus direitos, é simplesmente inaceitável. Parece que Sobrinho arranjou mais uma tremenda dor de cabeça.

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