Todos os produtos comprados pela internet e que chegaram ou saíram hoje do Centro de Distribuição de Mercadorias dos Correios (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), na avenida Venezuela, foram fiscalizados pela Operação Leão Expresso III, realizada simultaneamente pela Receita Federal em 28 cidades brasileiras. O número de apreensões ainda não foi divulgado, mas estima-se que elas somem o montante de R$ 1 milhão em todo o país.
A Operação visa combater o comércio ilegal de produtos estrangeiros adquiridos pela internet e remetidos via postal para o Brasil. Em Roraima, ela foi realizada pelos auditores da Receita, seis funcionários dos Correios e contou com o apoio da Polícia Militar, que disponibilizou militares e dois cães para farejar os pacotes em busca de drogas. Além disso, todas as mercadorias passaram pelo Raio-X e o espectrômetro de massa, aparelhos usados para detecção de entorpecentes e outros materiais ilícitos.
Segundo o diretor Geral dos Correios, Plínio Novaes, as mercadorias com indícios de irregularidades foram retidas e entregues à Receta Federal. Os proprietários serão chamados para prestar esclarecimentos. Se constatada a irregularidade, além de perder o produto, os compradores poderão responder criminalmente.
O número de fraudes e ilícitos praticados no meio eletrônico é crescente, segundo a Receita. Inexistência do vendedor, falta de entrega do produto, emissão de nota fiscal falsa são alguns dos exemplos mais comuns de crimes praticados no setor.
A orientação do governo é que antes de realizar uma compra via internet é fundamental para o consumidor buscar o maior número de informações possíveis a respeito do produto e do vendedor, para garantir a segurança de sua operação. Assim como em outras operações comerciais, as que envolvem o comércio eletrônico também necessitam de documentos que comprovem sua regularidade.