A família da aposentada Francisca das Chagas Nascimento Pimentel, 81 anos, está revoltada com a morte dela. Os parentes alegam que houve erro médico cometido por dois ortopedistas no Pronto Socorro Francisco Elesbão.
* A paciente morreu na madrugada de ontem (12), após ser submetida a procedimentos médicos nas duas pernas, depois que os ortopedistas erraram a perna com fratura.
*O filho da paciente, Sebastião do Nascimento Pimentel, disse que a mãe dele quebrou o fêmur da perna direita num tombo no banheiro, no dia 9 de janeiro, e foi levada ao PS somente no dia seguinte.
* “Na quarta-feira (10), por volta das 14h30min, operaram a perna e colocaram os ferros. Só que, quando cheguei para vê-la, a perna que não estava quebrada, à esquerda, foi a operada. Ela ainda estava inconsciente e, depois de constatarem o erro, ela passou novamente pelo mesmo procedimento, recebendo anestesia de novo”, disse ao argumentar que as duas anestesias seguidas podem ter prejudicado a saúde da sua mãe, por ser idosa.
* “No mesmo dia a operaram de novo e, quando fui visitá-la às 22h30min, percebi que estava muito fraca e já não reconhecia ninguém. Vi a sua perna, que não era a fraturada, cheia de furos devido ao erro. A minha mãe entrou viva com uma fratura, falando e bem, e acabou saindo num caixão por conta desse erro médio. Queremos providências e que as autoridades do Governo do Estado apurem o que ocorreu. Isso não pode ficar assim”, desabafou Pimentel.
*Ele ainda disse que o primeiro atestado médico, emitido pelo Pronto Socorro, constava como a paciente sendo indigente. “Ainda tentaram encobrir o erro e, no atestado, não vinha dizendo a causa da morte. Depois de constatarmos mais esse erro fizeram a correção. No documento consta que minha mãe morreu em decorrência da fratura e parada cardiorrespiratória”, declarou.
*O anúncio da morte ocorreu por volta da 1h30min da madrugada de ontem (12). Depois das cirurgias, quando os médicos colocaram os ferros (tensor), a paciente ficou no trauma, local de atendimento especializado a pacientes graves no Pronto Socorro.
*VELÓRIO – Durante o velório de Francisca das Chagas os parentes e amigos mostravam indignação com a forma da sua morte. “Iremos recorrer à Justiça para que seja apurado esse erro médico, porque não queremos que outras pessoas passem por esse mesmo sofrimento. A vida de uma pessoa não tem preço e foi a minha mãe que morreu, devido a esse péssimo atendimento por parte destes médicos”, disse Pimentel.