A população do Amazonas deve esperar, pelo menos, cerca de cinco anos para a conclusão da reconstrução da BR-319, que liga Manaus a Porto Velho (RO) e mede 880,4 quilômetros. A estimativa para que a obra seja concluída é da coordenadora-geral de Meio Ambiente do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), Ângela Parente.
A declaração foi dada ontem à tarde, durante o Fórum sobre a BR-319, promovido pelo Ministério dos Transportes e Universidade Federal do Amazonas (Ufam). A universidade é responsável pelo Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto no Meio Ambiente (EIA-Rima) de um trecho de 460 quilômetros da rodovia.
Ângela Parente informou que só o EIA-Rima do trecho de 460 quilômetros deve ser entregue no final de abril do ano que vem e as obras poderão ser retomadas, nessa área, no segundo semestre de 2008.
“A data de entrega de uma obra dessas depende muito. Vamos supor que o EIA-Rima seja entregue em abril do ano que vem, aí vamos ter que convocar as audiências públicas, que devem demorar mais 45, 60 dias. Depois, considerando as opiniões da sociedade, vamos elaborar o PBA (Projeto de Bases Ambientais), apesar de que muitos desses estudos podem até ser adiantados. A obra neste trecho pode ser retomada no segundo semestre de 2008”, disse.
Careiro Castanho
Ela informou que o trecho da BR-319 que vai do quilômetro zero (em Manaus) até o quilômetro 198 (Careiro Castanho, 88 quilômetros a sul de Manaus) está concluído. Este trecho foi entregue há mais de cinco anos pelo governo do Estado. O trecho em que as obras estão paradas para a conclusão do EIA-Rima fica entre os quilômetros 250 e 655. “Em outras partes, as obras estão sendo levadas à frente pelo Exército. Nesses trechos, entendeu-se que as obras eram de simples restauração e por isso não se precisa de EIA-Rima”, disse.
Ela afirmou, ainda, que mesmo nas áreas que estão fora do EIA-Rima há alguns lotes onde irão ser feitos estudos ambientais, como o de construção e restauração de pontes.