O projeto de reposição salarial de 3.42% dos servidores do Judiciário, que se encontra na Assembléia Legislativa desde junho, corre o risco de não ser votado este ano. Dia 15 será a última sessão da ALE e até agora os deputados continuam protelando a aprovação do projeto, apesar da reposição está incluída no orçamento do TJ.
A diretora Administrativa do Sinjur, Jussara Dias, afirmou que é injustificável a posição dos parlamentares em não votarem a reposição, uma vez que os gastos com a reposição estão incluídos no orçamento do TJ. " Não podemos ser penalizados pelo simples fato dos servidores do Executivo não terem recebido reajuste salarial", enfatizou, acrescentando que a maioria dos parlamentares é a favor da aprovação do projeto, inclusive seu relator, deputado Wilber Coimbra, que pediu compreensão dos colegas para aprovarem a reposição, deixando o revanchismo de lado.
O maior entrave agora, segundo o presidente do Sinjur, Israel Borges, é o fato do deputado Chico Paraíba ter pedido vistas do projeto por discordar que a reposição seja retroativa a maio deste ano.” Eles não aprovaram a reposição logo quando enviamos à ALE porque não quiseram, agora estão querendo usar como justificativa a retroatividade”,observou, acrescentando que se os parlamentares não quisessem que fosse retroativo, deveriam ter aprovado de imediato.
Os servidores conseguiram que o presidente do TJ, Péricles Moreira, enviasse a proposta de reposição à ALE depois de vários protestos e de uma greve que durou três dias. Eles reivindicavam 10% de reajuste, mas, diversas reuniões, Péricles Moreira decidiu atender parte das reivindicações da categoria, concedendo apenas 3.42% de reposição.