História do Futebol Rondoniense - 4º Capítulo – A Fragilidade da Capital

História do Futebol Rondoniense - 4º Capítulo – A Fragilidade da Capital

História do Futebol Rondoniense - 4º Capítulo – A Fragilidade da Capital

Foto: Divulgação

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*O futebol da capital encontrou seu apogeu no final da década de 70 e início de 80. Porém de lá para cá e com o profissionalismo, os clubes pararam no tempo e assim o esporte mais idolatrado em todo mundo simplesmente não encontrou, onde se inspirar. *Com o tempo vários clubes representaram a capital, como o CFA, Cruzeiro, Porto Velho, Esportiva, Flamengo, Shallon, Ferroviário, Palmares e Genus. Destas equipes apenas o Ferroviário arrastava uma verdadeira multidão ao Aluizão, porém seu caso de amor com o futebol acabou mesmo no ano em que disputou seu primeiro e único campeonato profissional - 1991. *Naquele ano, o Ferroviário fez uma bela campanha conquistando o primeiro turno e na decisão enfrentou o “recém-nascido” Ji-Paraná, que mesmo diante de uma equipe tradicional não titubeou e conquistou seu primeiro título de muitos. *Ao longo do tempo, o interior foi conquistando seu espaço e assim a capital foi apenas fazendo número na competição sem ameaçar em nenhum momento o interior do estado. *Em 2000, a capital voltou a uma final. Desta vez com o Genus. Após realizar uma boa campanha durante o campeonato todos apostavam no Genus, porém o Guajará seguindo a dinastia interiorana conquistando o título desta vez para o município de Guajará-Mirim. *Dois anos depois, outro clube da capital retorna a uma decisão do Estadual. Desta vez, um clube novo, bem estruturado e visto como o time da FFER (Federação de Futebol do Estado de Rondônia), conquistou o primeiro título na era profissional para a capital. *O CFA conquistou o que muitos times não haviam realizado até aquele instante, ou seja, mostrou como se fazer futebol na capital. O impressionante é o clube ficou pouco tempo no profissionalismo e logo se afastou, curiosamente, pela falta de uma visão profissional das outras agremiações, principalmente as da capital. *Após o afastamento do CFA, a capital não chegou a almejar chegar na decisão do Estadual. Neste ano, o Genus esteve bem próximo, mas acabou sendo eliminado nas semifinais por mais uma equipe do interior, o VEC. Alguns dirigentes culpam os empresários por não investirem no futebol da capital. Enquanto que empresários afirma que não investem, pois não sabem o caminho que seu investimento poderá tomar. Uma indefinição no ar!! *Já no poder público, a secretaria de esportes do estado (SECEL) simplesmente procura apenas realizar seu campeonato, Interbairros ou mesmo a Copa Rondônia, com a visão de dar oferecer lazer a população. Porém engana-se quem pensa que o esporte está sendo bem trabalhado desta forma, pois são apenas interesses políticos envolvidos por trás de uma competição que não leva a lugar algum. *Dentro desse marasmo do futebol da capital, ainda encontram-se alguns empresários que realmente acreditam no futebol e que lutam por uma perspectiva melhor ao esporte da capital que anda totalmente abandonado, que o diga o Ginásio Cláudio Coutinho, que entrou em reformas antes mesmo do estádio Aluízio Ferreira e até hoje não foi concluída a obra. *Normalmente nas capitais de todos estados existem clubes competitivos, porém em Rondônia, o cenário é diferente. O descaso com o esporte chega até ao próprio governo do estado com as “obras” do estádio Aluízio Ferreira, onde em mais de um ano não fez praticamente nada no maior palco do futebol do estado. *Vamos seguir falando de algumas das equipes da capital do estado de Rondônia: *CFA *Nos últimos anos houve uma equipe que começou a mostrar resultados dentro dos cenários estadual e regional, o CFA. O clube da capital possui sede própria, campos para treino, ou seja, uma boa estrutura para os padrões do futebol da região norte. Mas, curiosamente, o clube deixou a competição por falta de estrutura do próprio estadual. *Segundo seu presidente, Luís Augusto Monteiro, o popular Lulu, o CFA possui um projeto grande para o futebol do estado. Porém nos três anos, em que colocou o time em campo, o dirigente observou a realidade do futebol local e afirmou que o clube só volta quando as outras equipes souberem honrar seus compromissos profissionalmente. *O CFA teve um ótimo início, com a conquista do vice-campeonato da Copa Rondônia 2003, dois títulos de campeão (Estadual 2002 e Copa da Integração da Amazônia 2003) e um vice-campeonato Estadual 2003. *Na competição de 2004, o clube pediu licenciamento, pois na época o estádio Aluízio Ferreira estava sendo reformado pelo então governo do estado. “Sabia que o estádio não ficaria pronto antes do início da competição, por isso não assumi o compromisso para depois endividar o clube e não ter como pagar os atletas”, frisou Lulu. *Existe ainda uma possibilidade de retorno do CFA: “Se o campeonato estiver bem profissionalmente, o clube volta tranqüilamente, nem que seja na segunda divisão”, afirma Lulu. *Cruzeiro *Para o presidente do Cruzeiro, Domingos Pinheiro, o popular Loló, o futebol do estado simplesmente está crescendo. Porém em sua visão, os clubes deveriam ter uma maior união, coisa que não prevalece em virtude de intrigas extra-campo, que acaba afetando a própria competição. *O Cruzeiro entrou para a história do futebol do estado de forma negativa. O Moleque Travesso foi o primeiro clube a cair para a Segunda Divisão do Campeonato Rondoniense. *A realidade do Cruzeiro é difícil e sofrida. Jogadores sem receber salários, clube sem condições de treino..., uma triste realidade que mancha cada vez mais o nome da equipe alvi-celeste da capital. *Em seu último jogo pelo Estadual deste ano na primeira divisão, o Cruzeiro passou a maior vergonha de sua história. Sem meiões para entrar em campo, por ter emprestado seu único uniforme a um clube amador da capital, dirigentes do clube foram pedir emprestados do adversário, União Cacoalense, que gentilmente emprestou, mas logo recolheu ao final da partida. *Genus *Já o Genus, do presidente Evaldo Silva, pensa um pouco diferente de CFA e Cruzeiro. Para ele a solução está em promoções a serem realizadas conjuntamente entre clubes e federação com o intuito de melhorar ainda mais o campeonato estadual. *A única reclamação feita pelo dirigente é por conta da falta de uma divulgação do campeonato por parte da FFER para com o Estadual. “Em época de disputa do estadual, é comum ver nas ruas pessoas que não sabem sequer que o campeonato está acontecendo”, afirma Evaldo Silva. *Para Evaldo, o Genus está procurando se organizar primeiro internamente para poder assim ter uma melhor estrutura para apresentar ao futebol estadual. O presidente do Genus ainda ressente da falta de uma sede e de um campo adequado para treinos, porém através de parceiros está buscando uma alternativa para melhorar a imagem do clube. *Shallon *Dentre as equipes do futebol do estado de Rondônia, que realmente sofre demais com a falta de apoio é o Shallon. Para a competição, o clube sempre é um dos últimos a iniciar sua preparação, porém mesmo assim consegue apresentar um bom rendimento em campo. *“A realidade do Shallon é totalmente diferente dos demais clubes do estado. Faço o futebol por amor ao esporte”, afirma Eliel Silva, presidente do Shallon. Uma realidade dura e sofrida para uma pessoa que simplesmente gosta de trabalhar com os jovens. *“Se tivesse alguém para tocar o time profissional com certeza deixaria nas mãos desta pessoa, pois para mim o principal é trabalhar com a criançada e principalmente mudando a mentalidade do jovem, tornando-o um cidadão”, frisa Eliel. *Descaso com a capital *O governo do estado realizou encerrou neste ano as “obras” no estádio Aluízio Ferreira. A reforma que havia iniciado no início do ano passado foi terminar no mês de abril deste ano. *Impressionante no dia da inauguração foi a festa realizada como reabertura do estádio Aluízio Ferreira, porém pelo que foi apresentado pelo governo do estado não existe nada o que comemorar. *E na reforma o que reclamar??? Para quem não conhece o estádio. As únicas mudanças ocorreram no gramado e nas cabines de imprensa. Já nos outros setores do estádio simplesmente o “velho” Aluizão parece ter encolhido. *O banco de reservas simplesmente foi aterrado, a fraca iluminação continua a mesma e além de tudo, o estádio diminuiu sua capacidade, pois o lado da geral da avenida Farquar simplesmente foi abandonado pelo governador, que no dia da reinauguração realizou uma grande festa com queima de fogos, portões abertos a população além do próprio governador entrar em campo para inaugurar o novo gramado. *A realidade do futebol da capital está distante de uma mudança radical e a falta de vontade política para Porto Velho faz com que a cidade simplesmente seja abandonada por estes, que deveriam trabalhar em prol da qualidade de vida do cidadão. *Dentre os clubes da capital nenhum dirigente quis falar muito sobre a FFER do estado. Uns dizem que é parceira e outros que afirmam que esta realiza seu papel. *Um futuro difícil para quem busca simplesmente seguir no futebol pensando num futuro glorioso, assim é feito o futebol da capital que é feito por verdadeiros “guerreiros” que lutam dia pós dia por uma realidade melhor dentro do esporte.
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