A aeronave leiloada, um Navajo, prefixo PP- EHX , ano 1982, modelo PA-31, com capacidade para seis passageiros e dois tripulantes pertencente ao patrimônio do estado e é avaliado, de acordo com site especializado em mercado de aviões, em U$ 250 mil (no es
O Governo do estado de Rondônia vendeu na semana passada um avião de propriedade do estado num leilão em que apenas uma empresa e um cidadão de Rondônia se habilitaram para participar.
*A venda foi realizada através da Supel – Superintendência Estadual de Compras e Licitações com a participação da empresa Assis Táxi Aéreo, representada por Ideraldo Espinardi (Jacaré) e da pessoa física de Luis Eduardo Dalboni.
*A aeronave leiloada, um Navajo, prefixo PP- EHX , ano 1982, modelo PA-31, com capacidade para seis passageiros e dois tripulantes pertencente ao patrimônio do estado é avaliado, de acordo com site especializado em mercado de aviões, em U$ 250 mil (no estado em que se encontra).
*Dependendo da conservação, um avião deste porte pode chegar facilmente à U$ 400 mil (mais de R$ 800 mil ). O avião que ainda se encontra no hangar do governo e foi arrematado pela Assis Táxi Aéreo por apenas R$ 101 mil, pouco mais de U$ 40 mil dólares americanos.
*O perito criminal Marconi Rocha Bezerra foi quem fez o laudo de avaliação para embasar o processo de venda. Bezerra concluiu que o avião vale entre 100 mil reais (lance mínimo) e 165 mil (lance máximo).
*A reportagem do Rondoniaovivo.com procurou empresas do ramo aeronáutico e oficinas de manutenção. Nenhuma empresa em Rondônia estava a par do leilão, mesmo tendo sido publicado um edital dois dias antes da venda.
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EDITAIS
*O governo do estado publicou no jornal Folha de Rondônia um edital de suspensão do leilão nº001/2006, do processo 01.1109.00147-00/2005 por interposição de recurso da empresa Assis Táxi Aéreo.
*A empresa questionava que não teria tido acesso aos livros e equipamentos do avião que se encontra trancado no hangar do governo, no aeroporto internacional Jorge Teixeira. Entre os equipamentos a serem checados estavam rádios de comunicação, transponder, piloto automático, radar, tapeçaria e ainda as cadernetas de célula, motores e hélices. O pregoeiro, Oscarino da Costa, acatou o pedido da empresa. No comunicado oficial afirmava-se que o leilão estava adiado “sine die” (sem data definida).
*Após a empresa ter tido acesso ao avião e documentos, no dia 17 de outubro a mesma concordou com o edital. Nova publicação no jornal Folha de Rondônia no dia 25 de outubro deu conhecimento à praça do leilão do Navajo.
*DIA DO LEILÃO
*No último dia 27/10 (sexta-feira), às 9h na sede da Supel, os dois compradores compareceram na presença dos membros da comissão oficial, composta pelo presidente Oscarino Mário da Costa, Graziela G. Ketes, Fabíola Ramos da Silva e Kênia Borges do Carmos, que após conferirem os documentos de habilitação licitatória, declararam aberto o pregão.
*Foi estipulado que os lances seriam de R$ 1 mil em R$ 1 mil a cada oferta. A empresa Assis Táxi Aéreo fez a primeira oferta no valor de R$ 101 mil. Na seqüência foi passada a opção para o outro participante.
*Estranhamente, o senhor Luis Eduardo Dalboni, que participou de todo o processo licitatório - que durou alguns meses -, declinou de ofertar lance e o avião foi declarado vendido para Ideraldo. A empresa fez um deposito de caução no valor de R$ 25 mil e para concretizar o negócio, tinha que depositar na segunda –feira (30>) o restante do valor.
*ASSIS TAXI AÉREO
*O empresário Ideraldo Espinardi, em entrevista ao Rondoniaovivo.com, disse para a reportagem que o negócio não foi tão bom quanto parece. Segundo o empresário a aeronave já foi a leilão numa outra oportunidade e não apareceu ninguém para comprar.
*Segundo Ideraldo, a caderneta de bordo registra a última vez que o avião levantou vôo, no final do governo Raupp, há quase oito anos. Um motor travado, taxas de Infraero e outros emolumentos atrasados não deixam o negócio tão atrativo.
*O empresário disse que em Campo Grande (MS), uma aeronave do mesmo modelo está sendo vendida por R$ 110 mil. “O que está havendo é especulação por parte de proprietários de Táxi Aéreos que não participaram do leilão”, alegou Ideraldo, afirmando que este não foi o primeiro leilão de aviões do governo de Rondônia. Outras duas aeronaves do estado teriam sido vendidas em leilão na administração do governador José de Abreu Bianco.
*“O De Marco comprou uma por R$ 40 mil e o Assis (antigo proprietário da empresa) outra por R$ 90 mil e saiu daqui voando, esta nem voar voa” finalizou Ideraldo que pretende gastar mais de R$ 200 mil para reformar o avião.
*AERONAVE
*Na comissão temática do GGI, Gabinete de Gestão Integrada da Sesdec - Secretaria Estado de Segurança, Defesa e Cidadania - existe um projeto para viabilizar o uso do avião no transporte e resgate de doentes e ainda no combate ao narcotráfico. O projeto envolve também um avião Sêneca que o governo recebeu como doação há quatro anos e ainda não levantou vôo, encontrando-se até hoje no hangar do governo. Ninguém ouvido pela reportagem da Casa Militar sabia do leilão do avião.
*Hoje, o avião Navajo ainda se encontra no Hangar do Governo onde foi fotografado pela reportagem, que constatou a presença de um outro avião Sêneca de propriedade da Assis Táxi Aéreo, a mesma que comprou o avião oficial.