Rádio Caiari denúncia “superfaturamento” e falta de material didático em escola municipal na zona leste

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Foto: Divulgação

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“Desde o início deste ano os alunos matriculados na escola municipal Bom Princípio não recebem material escolar. As crianças estudam em salas sem ventiladores, sob calor insuportável. Existem banheiros entupidos, lâmpadas queimadas, paredes rachadas, pisos danificados e um lamaçal no local onde instalaram o bebedouro de água. A prefeitura de Porto Velho gastou mais de R$ 90 mil na “reforma” da escola. Fez apenas uma maquiagem. Existem muitas suspeitas de superfaturamento na obra”. A denúncia dos moradores do bairro Tancredo Neves foi transmitida ao vivo, e por telefone, durante o programa “A Bronca é sua, A ajuda é nossa”, transmitido pela católica rádio Caiari, na manhã desta sexta-feira (19/10) Irritados, os pais de alunos identificados pelo apelido de “Quequé” e prenomes Mara e Neuza reiteraram as denúncias estabelecendo suspeitas de discriminação contra alunos filhos de famílias pobres, corrupção e superfaturamento de obras envolvendo a Secretaria Municipal de Educação-Semed e outros setores da administração do prefeito Roberto Sobrinho (PT). “O prefeito reinaugurou a escola na quarta-feira (17/10), entre 17 e 18 horas. Denunciamos que Semed não distribuiu material escolar (livros, cadernos, lápis, borracha e outros) aos filhos de famílias pobres, filhos de pessoas que sobrevivem com um salário mínimo mensal. O prefeito deu o silêncio como resposta. A secretária da Semed, Epifânia Barbosa, acompanhava o prefeito Sobrinho. Ele disse que o material escolar é apenas para alunos pobres. Aluno filho de uma eleitora, uma pagadora de imposto que ganha menos de um salário mínimo não é pobre? O que é ser pobre então?”, questionou dona Maria José ao falar à reportagem. DIRETORA CONFIRMA FALTA DE MATERIAL ESCOLAR A reportagem esteve na Escola Municipal de Ensino Fundamental-E.M.E.F Bom Princípio, localizada na Rua Engenheiro Paulo Pinheiro, ao lado do prédio em reforma onde há um ano e meio funcionava a Policlínica Hamilton Godin. A diretora da escola, Lucília Duarte de Araújo, confirmou parte das denúncias dos moradores, mas negou existência de “paredes rachadas, lâmpadas queimadas e banheiros entupidos”. O lamaçal dentro da escola, no local do bebedouro, foi constatado pela reportagem. Dezenas de crianças tomavam água, enquanto tentavam evitar contato com a lama no piso escolar. Sobre o material didático, Lucília explicou: “A falta de material é verdade. Este ano a Semed não enviou material escolar: cadernos, lápis, borracha e outros. Nós recebemos apenas o fardamento que foi distribuído a todos os 480 alunos”. DENÚNCIA AO TCE E MPE Alguns pais de alunos anunciaram intenção de requerer uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado-TCE, associada a um requerimento para o Ministério Público do Estado-MPE instaurar um Inquérito Civil Público para esclarecer suspeitas de superfaturamento em dezenas de obras contratadas pela prefeitura. O VALOR DA “REFORMA” Uma placa fixada em frente à escola, que segundo moradores é uma espécie de propaganda sub-reptícia ou “promoção” do governo municipal, informa detalhes da “reforma” da escola Bom Princípio: “Contrato Nº 038/PGM/2007. Valor inicial da obra foi calculado em: R$ 97.474,93 (Noventa e sete mil, quatrocentos e setenta e quatro reais e noventa e três centavos). Mas, segundo a Assessoria de Comunicação da prefeitura, no final de 120 dias a contratada, Globo Construções e Comércio Ltda, recebeu um total de R$ 176.050,34 (Cento e setenta e seis mil, cinqüenta reais e trinta e quatro centavos). Os aditivos superiores a 80% do valor total da obra serviram para aumentar as suspeitas de superfaturamento. DEMAGOGIA DOS VEREADORES Alguns moradores também denunciaram à reportagem a “demagogia explícita” de vereadores da Câmara Municipal de Porto Velho: “Desde o início da atual Legislatura apenas o Alan aparecia aqui para ouvir reivindicações dos pais de alunos e moradores do Tancredo Neves. Na quarta-feira, quando o prefeito Sobrinho veio fazer a “reinauguração”, nove vereadores estiveram presentes. Eles só aparecem nos bairros da zona leste em época pré-eleitoral ou durante as campanhas, quando se transformam em mendigos da confiança e dos votos dos eleitores. Depois que assumem os mandatos, trancam-se dentro de refrigerados gabinetes, empregam belíssimas secretárias, indicam dezenas de parentes para cargos de confiança ou comissionados na prefeitura e recebem altos salários para entregar “Moções” inúteis somadas à defesa de interesses próprios ou de suas famílias”, esculhambaram os eleitores. A reportagem tentou ouvir a secretária Epifânia Barbosa. O telefone 3901-3300 esteve ocupado durante mais de quarenta minutos, entre 15 e 16 horas.
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