O aparato de guerra montado por membros da 17ª Brigada de Infantaria de Selva em Porto Velho, no terreno aonde por décadas se realiza o tradicional arraial Flor do Maracujá, foi considerado pelo segundo vice-presidente da Assembléia Legislativa do Estado de Rondônia, deputado Miguel Sena (PV) como uma atitude de constrangimento, o que na prática se configura um desrespeito ao Estado de Rondônia, obviamente, aos seus cidadãos e cidadãs.
Uma atitude descabida, desnecessária, desleal, inadequada, e até mesmo irresponsável, diante do fato de que por muitos anos o local já estar tendo uma finalidade social, por parte de eventos realizados pelo Governo Estadual, diz o deputado, ao destacar que ao se montar todo este cenário de guerra, o comando militar local, está tratando a administração pública, como se encarasse uma ação criminal ou uma zona de guerrilha.
Ainda de acordo com o deputado Miguel Sena o poderio bélico empregado na operação longe, mais muito longe mesmo, da explicação de defesa de propriedade, é na realidade uma forma de agressão contra o Governo Estadual, o que é inadmissível, uma vez que o Ministério da Defesa foi informado oficialmente da vontade da administração pública de dar continuidade à construção do teatro.
Miguel Sena também condenou a proibição de simples cidadãos transitarem no local, a ação de monitoramento de profissionais da imprensa, e o emprego de armamento pesado no local, uma vez que não se trata de uma guerra entre o Governo Estadual e o Governo Federal.
O deputado se manifestou também contrário à compra do local, que conforme alega a nota da 17ª Brigada de Infantaria de Selva seria empregado com o dinheiro da venda, para a construção de casas de sargentos, uma vez que o local terá um emprego social e cultural, não se fazendo necessário qualquer tipo de indenização, e sim de um entendimento político, até porque o Governo Federal deve muito a Rondônia.
Ao se reportar novamente ao emprego de táticas de guerra no antigo local do arraial Flor do Maracujá, por parte do Exército Brasileiro, o deputado Miguel Sena disse que este emprego seria muito aplaudido se estivesse sendo utilizado no combate ao narcotráfico e na vigilância das fronteiras no Estado. "Agora brincar de guerra ainda em pleno centro urbano, não podemos concordar e tão pouco aplaudir", justificou