Greve no sistema de transporte coletivo em Porto Velho pode ser deflagrada

Da Redação

20 de Junho de 2007 às 16:01

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Greve no sistema de transporte coletivo em Porto Velho pode ser deflagrada

Foto: Divulgação

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*Uma greve no sistema de transporte coletivo de Porto Velho poderá ser a conseqüência do impasse criado pelas empresas de ônibus em não querer negociar as reivindicações de motoristas e cobradores. O Sindicato dos Trabalhadores nas empresas de ônibus da Capital (SITETUPERON) e o Sindicato patronal do setor (SET) já realizaram sete rodadas de negociações neste mês, tendo ocorrido a última nesta segunda-feira, dia 19/06, para tratar da renovação do Acordo Coletivo dos motoristas e cobradores. Enquanto a categoria reivindica a manutenção de benefícios, reajustes e melhorias, os empresários querem reduzir direitos e apresentaram uma proposta de reajuste salarial considerada rebaixada, o que está provocando impasse nas negociações. *Para avaliar o andamento e deliberar sobre os encaminhamentos da campanha salarial, o sindicato realizou uma assembléia no dia 17/06, quando os trabalhadores aprovaram uma nova proposta para ser apresentada aos patrões, de 6,5% de aumento; manutenção das cláusulas do acordo coletivo atual; vale-alimentação com aumento de R$ 1,00; equiparação do salário de motorista de micro ônibus com o de ônibus convencional e manutenção da quantidade atual de micro ônibus, para impedir que as empresas continuem substituindo a frota de ônibus convencional. *Os trabalhadores aprovaram, ainda, que o sindicato procure a intermediação do Ministério do Trabalho e busque assinar um pré-acordo garantindo a data-base e os benefícios do acordo atual até a assinatura do novo acordo. O sindicato foi autorizado, caso o impasse se prolongue, a iniciar os preparativos para realização de uma ampla mobilização da categoria, que inclui as formalidades legais necessárias para deflagração de greve, tendo como indicativo a realização de uma nova assembléia no dia 27/06. *Em nova reunião realizada nesta segunda-feira, os patrões rejeitaram a nova proposta dos trabalhadores e apresentaram uma contra-proposta de apenas 2% de reajuste, aumento de R$ 0,25 no vale alimentação e não aceitam equiparar o salário de motorista de micro ônibus e nem limitar a frota atual destes veículos. Apesar do impasse provocado pela posição dos patrões, as negociações que deverão prosseguir nos próximos dias, inclusive com a mediação do Ministério do Trabalho. O presidente do SITETUPERON, José Ribamar de Sousa Lopes, informou que a direção do sindicato, com apoio da CUT, continua buscando uma solução negociada, mas poderá ocorrer uma mobilização da categoria nos próximos dias”. *DENÚNCIAS *Durante a assembléia, diversos motoristas e cobradores fizeram duas graves denúncias sobre o setor de transportes da Capital, uma em relação aos micro ônibus e a outra sobre o número de ônibus em circulação. Segundo os trabalhadores, a utilização indiscriminada de micro ônibus, tem gerado insatisfação da população, principalmente das pessoas que têm dificuldades de locomoção, como os idosos, gestantes, e deficientes físicos, que não conseguem passar pelas portas e roletas destes veículos, sendo que os mesmos não contam com assentos especiais reservados para essas pessoas. *Em relação à circulação de ônibus, os trabalhadores informaram que está ocorrendo uma redução sistemática da frota com o chamado “furo de balão”, que consiste em manter parte dos ônibus parados em terminais, a cada ciclo completo de voltas nas linhas. Isso causa graves problemas para a população, com freqüentes atrasos e superlotação de ônibus. Outro problema grave denunciado seria o “furo de balão” a noite, principalmente na última volta, que deixa os alunos nos pontos, sem ônibus, após as aulas.

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