*O assunto é constante nas rodas de conversa dos jornalistas por todo o Brasil: o mercado paga mal. Mas será esta a realidade? Para tirar essa dúvida, o Comunique-se fez um levantamento em todos os Estados brasileiros (mais o Distrito Federal). O resultado é realmente preocupante. A média geral do salário do jornalista brasileiro pouco ultrapassa a cifra dos mil reais (R$ 1.077,10) por cinco horas de trabalho.
*Paraná e Alagoas têm, hoje, os maiores pisos salariais desbancando São Paulo, que tinha os melhores índices em 2002. A base comparativa foi um levantamento feito também pelo C-se na época.
*A pior média salarial é do Piauí e o piso único mais baixo é o de Roraima. Os jornalistas do Rio de Janeiro, um dos Estados de maior peso econômico no cenário nacional, ainda não conquistaram o direito ao piso. A situação se repete no Espírito Santo.
*Confira os dados do levantamento, considerando o piso básico relativo a cinco horas de trabalho.
*ACRE
*Piso: Único - R$ 1.210,00
*O sindicato iniciará, em maio, a campanha salarial. Segundo o presidente da entidade, Raimundo Afonso Gomes, “este ano, vamos pedir aumento de 15%”.
*Em 2002, o piso salarial do jornalista acreano era de R$ 850,00, o que significa que, nesses quatro anos, o reajuste foi de 42,35%.
*ALAGOAS
*Piso: Único - R$ 1.666,45
*Quatro anos atrás, o Estado não tinha nem piso salarial. Hoje, a média em Alagoas é uma das melhores do Brasil.
*Neste ano, desde 11/04 o sindicato iniciou as reuniões de negociação na Delegacia Regional do Trabalho. A entidade está pedindo a reposição das perdas salariais de maio de 2005 a abril de 2006, como também um resíduo salarial de 2,07% referente a 2002/2003. Fora isso, o sindicato quer um aumento real de 5%. Para os profissionais que ganham acima de R$ 2.500,00, a proposta é de uma reposição de 8%. Por enquanto, as empresas não apresentaram contraproposta. “Esperamos fechar acordo até final de junho. Geralmente temos uma boa negociação e dificilmente entramos em dissídio”, informa o presidente Carlos Roberto Pereira Leite.
*AMAPÁ
*Piso: Único - R$ 800,00
*O sindicato também está em negociação salarial com proposta para subir o piso para R$ 1.200,00. A entidade quer encerrar o processo até maio. “Acreditamos que vai dar certo porque temos empresas aqui que pagam bem mais”, diz Volney de Jesus Oliveira, presidente da entidade.
*AMAZONAS
*Piso: Único - R$ 800,00
*O sindicato está em meio à campanha salarial. A proposta é de um reajuste de 10% e a contraproposta patronal é de pagar 7%. No Amazonas, o valor do piso salarial está parado há seis anos e, segundo um estudo da Fenaj, esse valor deveria estar em R$ 1.320,00. “Se eles oferecerem aumentar o piso, nós aceitamos o reajuste de 7%. Caso contrário, entraremos em dissídio”, informa o presidente da entidade, César Augusto Wanderley.
*BAHIA
*Piso: não tem
*O Estado não tem um piso definido porque não existe um sindicato patronal. Os acordos são realizados diretamente com cada veículo. O baixo valor do piso em rádio e TV derruba a média salarial do jornalista baiano para R$ 1.025,00 (nesse cálculo não foi considerado o piso referência do assessor de imprensa que é de R$1.800,00).
*- Jornal A Tarde - R$ 2.281,00 (7h)
*- Jornal Correio da Bahia - R$ 1.070,00
*- Tribuna da Bahia - R$ 801,00
*- Rádio e TV - R$ 720,00 (6h)
*A campanha salarial está pedindo um aumento de 12% para cada um dos veículos. “Ano passado conseguimos muitas reivindicações e, por isso, acredito que este ano vai ser mais tranqüilo”, informa a presidente Kardelícia Mourão Lopes.
*Comparado a 2002, os salários sofreram um leve aumento. Na época, um repórter da Tribuna da Bahia ganhava R$ 600. No Correio da Bahia o salário podia chegar a R$ 860 e no A Tarde o profissional recebia R$ 1.260 (5h).
*Há quatro anos, os pisos de Rádio e TV baianos foram os mais baixos registrados pelo Comunique-se. O valor era de R$ 473,25.
*CEARÁ
*Piso: variável de acordo com o cargo.
*- Assessor de Imprensa e editor de impresso - R$ 1.845,84
*- Repórter, redator e fotógrafo de impresso - R$ 1.050,00
*Segundo informa Deborah Lima, presidente do sindicato dos jornalistas do Ceará, o Estado sempre teve uma enorme quantidade de "falsos" profissionais. “O sindicato começou uma campanha contra isso e, como retaliação, de 2001 pra cá todos os jornalistas de rádio e TV foram obrigados a se registrar na DRT como radialistas. Quem não se filiou foi demitido”. Até hoje, o sindicato luta para representar esses profissionais, mas a categoria patronal não reconhece a entidade. “Foi uma estratégia feita para tentar legalizar o ilegal. Todo ano entramos com dissídio coletivo. Ganhamos em primeira instância e o sindicato patronal recorre ao TRT. Até agora, não conseguimos nenhuma resposta definitiva”, relata Deborah.
*De acordo com a sentença normativa de 2004, o piso desses profissionais deveria ser de R$ 1.155,40 para repórter, produtor e repórter-cinematográfico, e de R$ 1.502,02 para editor.
*Segundo apurado pelo Comunique-se em 2002, o piso do jornalista cearense na época era de R$ 780,00.
*DISTRITO FEDERAL
*Piso: variável de acordo com a mídia.
*- Impressa - R$ 1.371,87
*- Eletrônica - R$ 1.154,52
*A campanha salarial do sindicato este ano está pedindo um piso único no valor de R$ 1.400,00. A contraproposta é de R$ 1.200,00 para mídia eletrônica e R$ 1.400,00 para impressa. O presidente do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, Romário Schettino acredita que a negociação estará concluída em breve.
*A tentativa de unificar o piso salarial já é antiga. “As negociações com os patrões são sempre difíceis”, declarou o então presidente, Edgard Tavares, em 2002. Na época, os valores eram de R$ 912,00 para mídia eletrônica e R$ 1.106,00 para impressa.
*ESPÍRITO SANTO
*Piso: não tem
*O SJES estabeleceu um salário referência no valor de R$ 1.200,00. A entidade iniciou este mês as negociações para conseguir fixar o piso salarial. A presidente informou que eles vão tentar ao máximo negociar porque a Justiça no Estado é morosa. “Para você ter uma idéia, os funcionários da TV Capixaba receberam ano passado um dissídio de 1992”, alega a presidente do SJES, Suzana Tatagiba Fundão.
*GOIÁS
*Piso: Único - R$ 1.068,62
*A campanha salarial ainda não começou. Mas o sindicato já tem pronta uma das propostas. “Vamos pedir reposição do valor do INPC + 5%. Ainda não decidimos o valor de aumento para o piso”, diz Luiz Antonio Spada (presidente). O piso salarial há quatro anos era de R$ 800,00, o que, em pontos percentuais, significa um aumento de 33,57.
*MARANHÃO
*Piso: Único - R$ 864,18
*As negociações salariais de 2006 começam em setembro.
*MATO GROSSO
*Piso: variado
*- Jornalista – R$ 1.050,00
*- Assessor – R$ 1.575,00
*O presidente do sindicato, Jonas Leite, informa que, apesar do salário-base ser de pouco mais de mil reais, a média salarial dos três maiores jornais gira em torno de R$ 1.800,00.
*A entidade está em meio à campanha salarial. A proposta é aumentar o piso do jornalista para R$ 1.800,00 e do assessor para R$ 2.500,00. “Sou positivo e acho que vai dar tudo certo. Acredito que até setembro teremos uma posição”.
*MATO GROSSO DO SUL
*Piso: não tem
*O Estado não tem piso por não ter sindicato patronal. Existem acordos com três veículos:
*- Correio do Estado – R$ 1.200,00
*- TV Morena – R$ 1.200,00
*- Jornal Progresso – R$ 900,00
*A campanha salarial de 2006 já começou. O presidente Clayton Wander Nascimento espera estar com isso resolvido até o fim de maio.
*Os jornalistas de Dourados também têm um sindicato. Na negociação salarial de 2006, já foi fechado um acordo. “É uma vitória porque nunca tivemos piso nenhum. Estamos em negociação com outros três veículos: Diário MS, TV Morena (local) e TV Rit. O Diário estava se recusando a negociar, então tivemos que levar o caso ao Ministério Público do Trabalho. Já tivemos três audiências e ainda não chegamos a um acordo. Nestes três veículos não abrimos mão de menos de R$ 900,00”, diz o presidente da entidade, Luís Carlos Luciano.
*MINAS GERAIS
*Piso: variável de acordo com a mídia.
*- Rádio - R$ 900,00
*- TV - R$ 1.000,00
*- Jornais/Revistas - R$ 1.179,00
*A reivindicação deste ano é unificar o valor do piso em R$ 1.230,00, acabando com a diferenciação. No item reajuste/aumento real, os jornalistas pedem 10% e também tíquete-refeição (poucas empresas o fornecem). O sindicato também está negociando com outros segmentos, como assessorias, jornais e emissoras do interior. Os acordos seguem as mesmas bases.
*Segundo informações do SJPMG, as empresas alegam que não têm condições financeiras de atender as reivindicações da categoria. “Vamos começar nos próximos dias a fazer contato com anunciantes dos principais veículos, mostrando a situação dos jornalistas. Por último, estamos buscando promover ações conjuntas de jornalistas com radialistas e empregados na administração e ainda com os jornalistas de Brasília, que têm a mesma data-base de BH”, alega o presidente da entidade, Aloisio Soares Lopes.
*Há quatro anos, o piso salarial para veículos impressos era de R$ 830,00. Rádios pagavam R$ 648,00 para iniciantes, enquanto as emissoras de TV pagavam R$ 724,00.
*PARÁ
*Piso: variável de acordo com o tempo de trabalho.
*A - R$ 1.242,80
*B - R$ 1.547,70
*C - R$ 1.632,17
*A - Repórteres, Rep. Fotográficos, Rep. Cinematográficos e Diagramadores com menos de 1 ano de trabalho.
*B - Repórteres, Rep. Fotográficos, Rep. Cinematográficos e Diagramadores com mais de 1 ano.
*C - Repórteres, Rep. Fotográficos, Rep. Cinematográficos e Diagramadores com dois anos de trabalho.
*O piso para produtores de TV é de R$ 900,00.
*O sindicato já iniciou a campanha salarial e vai pedir 20% de aumento (com o INPC incluído). Em 2002, o Estado não tinha piso salarial.
*PARAÍBA
*Piso: não tem.
*A média dos salários dos jornalistas paraibanos fica em R$ 850,00. O presidente do Sindicato dos Jornalistas da Paraíba, Land Seixas, informou que as negociações são diferenciadas por veículo e cargo. “O piso salarial do editor de página chega a R$ 1.800,00”.
* PARANÁ
*Piso: Único - R$ 1.698,28
*As negociações salariais começam em julho. Em 2002, esse valor era de R$ 1.184,63.
* PERNAMBUCO
*Piso: não tem piso
*O sindicato estabeleceu um salário-referência no valor de R$ 1.150,00. A categoria até tinha um piso salarial, mas, há 10 anos, em assembléia, os jornalistas resolveram deixá-lo de lado. Na época, a categoria era unificada com os radialistas, fato que acabava puxando para baixo o valor do piso. Segundo o presidente da entidade, Ayrton Barbosa Maciel Júnior, “talvez não tenha sido a melhor decisão. Hoje, tentamos voltar com o piso e não conseguimos”.
* PIAUÍ
*Piso: variado por região.
*- Capital - R$ 900,00
*- Parnaíba, Picos e Floriano - R$ 630,00
*- Demais cidades - R$ 450,00
*Segundo informações do sindicato, o jornalista de Teresina tem o piso básico de R$ 900,00 e a cada ano trabalhado ele tem 2% de aumento sobre o salário. Esses 2% são progressivos, o que eleva o salário médio para R$ 1.000,00. “Esse nosso acordo faz a diferença no valor final do salário. Algumas pessoas ganham 30% a mais”, diz o presidente Luiz Carlos de Oliveira. A campanha foi encerrada em fevereiro.
*Segundo o levantamento realizado pelo Comunique-se em 2002, os salários no interior do Piauí despencaram 24%. Há quatro anos, a média salarial era de R$ 590,00. Na capital, o piso era de R$ 670,00.
* RIO GRANDE DO NORTE
*Pisos: diferenciado por níveis
*- Nível 01 - R$ 640,68
*- Nível 02 - R$ 678,90
*- Nível 03 - R$ 829,07
*O sindicato informou que a diferenciação dos níveis fica a cargo do empregador. No entanto, eles garantem que ninguém é contratado com piso inferior ao primeiro nível. No levantamento do C-se de 2002, o piso salarial do RN era unificado e no valor de R$ 524,00.
* RIO GRANDE DO SUL
*Pisos: variável por região
*- Capital - R$ 1.135,00
*- Interior - R$ 960,00
*Em quatro anos, o salário do jornalista de Porto Alegre subiu 37,92% (R$ 822,93) e o do interior, 43,57% (R$ 668,63). O sindicato vai iniciar a campanha salarial em junho. “Infelizmente o reajuste que pediremos será pequeno, em torno de 8%”, diz o presidente José Carlos de Oliveira Torves.
* RIO DE JANEIRO
*Piso: não tem
*O sindicato estabelece um salário mínimo profissional no valor de R$ 3.233,00. No entanto, a realidade é bem diferente e são poucas as empresas que adotam esse valor.
*O presidente da entidade, Aziz Filho informa que a principal reivindicação da campanha salarial de 2006 é estabelecer o piso único da categoria no valor de R$ 1.500,00.
*O patronato já apresentou uma contraproposta. Eles oferecem:
*- Jornal e Revista (para empresas com até 50 jornalistas) - R$ 750,00 (5h) e R$ 1.200,00 (7h)
*- Jornal e Revista (para empresas com mais de 50 jornalistas) – R$ 1.000,00 (5h) e R$ 1.600,00 (7h)
*- Rádio – R$ 800,00 (5h) e R$ 1.312,00 (7h)
*- TV – R$ 900,00 (5h) e R$ 1.476,00 (7h)
*O Rio de Janeiro não possui sindicato patronal para assessor de imprensa. As assessorias que têm qualquer tipo publicação podem seguir o padrão salarial de jornal e revista.
* RONDÔNIA
*Piso: variável
*- Faixa 01 – R$ 975,00
*- Faixa 02 – R$ 840,00
*- Faixa 03 – R$ 795,00
*Faixa 1 – Repórter, Diagramador, Redator, Rádio Repórter, Noticiarista, Repórter de Setor, Repórter Fotográfico e Cinematográfico.
*Faixa 2 – Revisor
*Faixa 3 – Arquivista, Ilustrador, Arquivista Pesquisador e Chargista.
*O sindicato acaba de iniciar a campanha salarial. Eles pedem o aumento da inflação (5,48%) mais ganho real de 2%. No ano passado, a negociação durou mais de seis meses. “Esperamos que este ano consigamos resolver isso em menos tempo”, diz o presidente Marcos Antônio Grutzmacher. “Acreditamos que vamos a dissídio com rádio e TV porque eles não reconhecem o sindicato como representante dos profissionais”, completa.
* RORAIMA
*Piso: Único – R$ 700,00
*A campanha salarial deste ano quer o aumento do piso para R$ 1.100,00. O presidente Humberto de Andrade e Silva espera que a negociação esteja finalizada até maio.
* SANTA CATARINA
*Piso: Único - R$ 918,72
*Em quatro anos, o piso salarial do Estado subiu 22,49%. O valor na época era R$ 750.
* SÃO PAULO
*Piso: variado por veículo e região
*- Jornais e Revistas da Capital - R$ 1.500,00 e R$ 2.400,00 (por 5h + 2 extras)
*- Jornais e Revistas do Interior e Litoral - R$ 1.250,00 e R$ 2.000,00 (por 5h + 2 extras)
*- Rádio e Televisão da Capital - R$ 1.134,00 e R$ 1.984,50 (por 5h + 2 extras)
*- Rádio e Televisão do Interior e Litoral – R$ 723,00 e R$ 1.265,25 (por 5h + 2 extras)
*- Assessoria de Imprensa - R$ 1.667,00 e R$ 2.667,20 (por 5h + 2 extras)
*Este piso está valendo até novembro de 2006. A exceção é o piso de assessor, que vai ser reavaliado em setembro.
*O levantamento feito pelo Comunique-se em 2002 mostrava o Estado como tendo as melhores média salariais do Brasil. Hoje, com média de R$ 1.254,80, São Paulo perde para Alagoas, que tem o piso de R$ 1.666,45. Fred Ghedini, atual presidente do SJPSP, avalia a situação: “Alagoas é um caso à parte. É uma cidade pequena e onde jornalistas e patrões valorizam o sindicato, que, por sinal, tem uma direção lutadora, além dos profissionais serem muito unidos, o que não acontece no restante do País. No caso de São Paulo, embora hoje não estejamos mais na liderança nacional, nós tivemos, ao longo desses anos, consideráveis aumentos salariais”.
*Há quatro anos, os pisos já eram diferenciados por veículo e por região. Veja os valores da época:
*Para a capital:
*Assessorias – R$ 1.287,50/ R$ 2.060 (7h)
*Jornais e revistas – R$ 1.000,00 / R$ 1.600 (7h)
*Rádio e TV – R$ 765 / R$ 1.338,75 (7h)
*Para o interior:
*Assessorias – o mesmo que a capital
*Jornais e revistas – R$ 853,00 / R$ 1.365 (7h)
*Rádio e TV – R$ 490,00 / R$ 857,50 (7h)
* SERGIPE
*Piso: Único – R$ 750,00
*O sindicato encerrou este mês a negociação. Eles conseguiram um reajuste linear de 7% e de 9,6% para o piso salarial. O valor do piso subiu de R$ 684,00 para R$ 750,00. Há quatro anos, esse valor era R$ 519,04, 44,5% menor do que o valor atual. Apesar do salário do jornalista sergipano não estar entre os melhores, os jornalistas do Estado têm o que comemorar. Há quatro anos, eles eram o Estado com o menor piso salarial.
* TOCANTINS
*Piso: Único - R$ 1.100,00
*O sindicato já enviou ofício para a DRT para iniciar a negociação. A proposta é de reajuste de 16%, com piso subindo para R$ 1.500,00.
*No entanto, o presidente do sindicato reclama da dificuldade de negociar com a Organização Jaime Câmara. “Eles bateram o pé e fixaram um piso próprio de R$ 850,00. É complicado negociar com as retransmissoras da TV Globo. Elas amarram, acham que são as diferentes, as melhores. Mas vamos tentar acabar com isso na campanha deste ano”, informa a presidente Socorro Loureiro.