*Presos desde de setembro de 1999, acusados de integrar o Esquadrão da Morte, braço armado da suposta facção criminosa que atuava no Acre desde a década de 1980, Raimundo Alves de Oliveira, o Raimundinho, o ex-sargento da PM Alex Barros, o Sargento Alex, o Cabo J. Souza, o ex- PM Ronaldo Romero e Alexandre Alves da Silva, o Nim, voltam ao banco dos réus para capital federal no dia dois de maio para, mais uma vez, serem julgados por homicídio. Desta vez a acusação do Ministério Público Federal é pela morte do Soldado do Corpo de Bombeiros Sebastião Crispim.
*No ano passado, os eles foram condenados, também em Brasília, pelo caso assassinato do policial Walter José Ayala. Crispim e Ayala teriam sido assassinados a mando do coronel Hildebrando Pascoal, porque, dias antes de suas mortes, teriam se comprometido com o desembargador Gercino da Silva Filho, então presidente do Tribunal de Justiça do Acre, de prestar depoimento contando o que sabiam sobre os crimes do esquadrão da morte e o envolvimento do coronel com o crime organizado no Estado.
*Os dois julgamentos foram transferidos para Brasília a pedido da Justiça Federal do Acre, já que Raimundinho, Romero, Nim e J. Souza estão entre os homens que são considerados entre os mais perigosos que atuaram esquadrão, principalmente nos anos 90.
*Há a promessa, neste julgamento, de que Raimundinho, condenado por vários crimes - ele responde por mais de 10 homicídios. Nos crimes em que foi julgado, Raimundinho confessou a participação nos assassinatos, mas não aceita ser incluído entre os assassinos de Crispim.
*O soldado Crispim foi assassinado em setembro de 1997, quando saia de uma festa no bairro sobral. Ele teria sido levado para fora da festa por um dos acusados e assassinado a tiros por Raimundinho.
*O advogado de Raimundinho, porém, diz que vai conseguir a absolvição de seu cliente deste crime, já que Nim teria confessado o crime de Ayala e de Crispim. Resta saber se, neste julgamento, Raimundinho contará o que sabe sobre outros crimes do esquadrão.