CPT diz que consórcio pode ter financiado morte de freira no Pará
Foto: Divulgação
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*"A gente não consegue ver com clareza o número de envolvidos e se o valor de R$ 50 mil para pagar os pistoleiros teria sido dividido entre um consórcio que planejou a morte", disse à Reuters por telefone a advogada da CPT, Rosilene Silva, que vem acompanhando as investigações.
*Para o procurador-chefe do Ministério Público Federal no Pará, Ubiratan Cazeta, "é muito cedo" para se fechar linhas de investigação. "Não temos o caso como resolvido", disse Cazeta.
*Entretanto, após acareação realizada em Altamira na noite de terça-feira entre três dos quatro acusados de envolvimento no crime, a Polícia Civil declarou o caso esclarecido e disse que iria indiciar os acusados.
*Nesta quarta-feira, a polícia disse que mantém a tese de que o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, que está foragido, é o único mandante do crime. "A polícia ainda não fala em consórcio", disse à Reuters por telefone o delegado Waldir Freire.
*No entanto, Freire afirmou que nenhuma hipótese está descartada. "A polícia ainda está investigando. Tudo será detalhadamente verificado", disse o delegado.
*A Polícia Civil já prendeu três dos quatro acusados de envolvimento na morte da missionária naturalizada brasileira de 73 anos. Além de Sales, Clodoaldo Batista confessou a co-autoria da execução. Amair Feijoli da Cunha, acusado de ter intermediado a contratação dos dois pistoleiros, também está preso, mas alega inocência.
*Separadamente, ainda na quarta-feira, a Comissão Parlamentar Mista da Terra pediu a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de Bastos de Moura.
*O pedido se estende a outras oito pessoas suspeitas de envolvimento em trabalho escravo, grilagem de terra, exploração ilegal de madeira e mau uso do dinheiro público, particularmente da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia, a Sudam.
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