Esquema PC ? Queima-de-arquivo, corrupção e uma rede de vaidades sem a devida punição - (Leia no Especial)
Foto: Divulgação
Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.
* PC Farias ? Do escândalo à morte, um roubo e um mistério ? Por Marcos Souza
*No dia 23 de junho de 1996, às 11h da manhã numa casa de praia, em Guaxuma, litoral norte de Maceió, o encontro de dois corpos sobre uma cama dava início a um dos grandes mistérios da criminologia brasileira e fechava, de forma violenta, a porta para um dos maiores escândalos financeiros já ocorridos até então no país.
*Os corpos eram de Paulo César Farias, 50 anos, encontrado com um tiro à queima-roupa no peito, e de sua namorada, Suzana Marcolino, 28 anos, também com um tiro no peito. No primeiro momento da investigação da polícia alagoana a hipótese mais provável era crime passional. Pois de imediato, logo após a perícia inicial, constatou a existência de fragmentos de pólvora na mão de Suzana, e um revólver, da marca Taurus, calibre 38, ao lado dela, na cama, dando indício de que atirara em Paulo César e depois se matara com um tiro no coração.
*Mas, ainda assim, o aspecto de ?queima-de-arquivo? no local do crime ficou evidente, pois o quarto fora mexido e até mesmo detalhes importantes que poderiam solucionar em definitivo o crime foram manipulados. Constatado posteriormente em outra perícia. A polícia alagoana fez crer na época, divulgando para a imprensa, que Suzana matou PC Farias quando este dormia, depois sentou-se na beira da cama e atirou contra si.
*Medições no local, assim como posição dos corpos quando encontrados, trajetória da bala e outros detalhes pormenores deixavam a dúvida em várias autoridades, principalmente, promotores do MP que ainda não estavam contentes com o desenrolar da incrível rede de corrupção armada pelo morto, no que ficou conhecido nacionalmente como ?Esquema PC?.
*Por ainda responder processos e inquéritos de ordem federal, PC Farias era uma pessoa muito visada, havia acabado de cumprir um mandado de prisão, e tinha ainda muito a contar para a Justiça. Na ocasião do assassinato de PC Farias, o então ministro da Justiça, Nelson Jobim, determinou que a Polícia Federal não só acompanhasse a investigação sobre o supostos ?crime passional?, como atendeu pedido de uma perícia definitiva no local do crime para elucidar se houvera um duplo assassinato, configurando a ?queima-de-arquivo? ou se fora mesmo um crime seguido de suicídio.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!