Prefeito garante que tarifa não será reajustada neste mês e aguarda melhorias das empresas

Da Redação

11 de Fevereiro de 2007 às 16:47

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Prefeito garante que tarifa não será reajustada neste mês e aguarda melhorias das empresas

Foto: Divulgação

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*A Prefeitura da capital não vai autorizar o aumento da tarifa do transporte coletivo urbano a partir desta terça-feira, como querem os empresários do setor. A decisão foi tomada pelo prefeito Roberto Sobrinho (PT), após analisar a planilha de custos apresentada pelo consórcio Vale do Guaporé, que reúne as empresas Rio Madeira, Três Marias e OMC Transporte, e ouvir o secretário e técnicos da Secretaria Municipal dos Transportes. Em documento enviado ao prefeito no último dia 2, o consórcio pediu o reajuste das tarifas de R$ 1,50 para R$ 1,85, justificando perdas acumuladas desde a última revisão, concedida em janeiro de 2003.

*O setor cita a variação da inflação no período, de 19,54%, medida pelo IGP-DI (FGV) e apresenta planilha, pela qual o custo por passageiro, hoje, seria de R$ 1,87. As empresas enumeram ainda o reajuste de preços dos principais insumos que compõem a planilha de custos nestes 24 meses. No período, o óleo diesel aumentou 9,96%, o salário da categoria foi reajustado em 17,36%, e o seguro obrigatório da frota sofreu uma variação de 55,14% de reajuste. Justifica, por fim, que a data base da categoria é em junho, prevendo de antemão reajuste salarial, aumentando a despesa com pessoal, segundo as empresas o insumo mais significativo, com peso de 45% nos custos finais.

*O prefeito Roberto Sobrinho quer, entretanto, que, antes de pedir, as empresas ofereçam melhorias aos usuários. Um exemplo: a planilha enviada ao prefeito, já traz embutida os planos de expansão do consórcio, como a renovação da frota de 21 veículos novos e semi-novos, em estágio de aquisição, e a implantação da bilhetagem eletrônica, cujos investimentos oscilam na casa de R$ 1,56 milhão, o que permitirá a adoção do sistema integrado, pelo qual o usuário poderá, com o mesmo cartão, usar mais de uma linha para deslocar de um ponto a qualquer outro da cidade.

*Os empresários dizem que o prazo máximo de entrega dos ônibus ?novos e semi-novos? é de 120 dias e que a bilhetagem eletrônica já estará em operação em 30 dias. Roberto Sobrinho, disse que entende as dificuldades que o reajuste dos custos operacionais causam às empresas, mas lembra que os usuários não estão em situação melhor. Ele prefere, portanto, avaliar mais detalhadamente a planilha e aguardar as melhorias prometidas, como a renovação da frota e a implantação das catracas eletrônicas e do sistema integrado.

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