Para trazer dinheiro ao Brasil, Copa das Confederações foi um fiasco

No primeiro de três grandes eventos que o país receberá até 2016, torneio não atraiu turistas

Da Redação

24 de Julho de 2013 às 16:30

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Para trazer dinheiro ao Brasil, Copa das Confederações foi um fiasco

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Para defender a realização de grandes eventos esportivos, governos e cartolas dizem que essas competições trazem turistas, dólares e empregos para os países que investem bilhões e aceitam hospedar esses campeonatos.

Isso não foi verdade para o Brasil no primeiro de três grandes eventos que o país vai receber em apenas cinco anos. A Copa das Confederações foi um fiasco para o turismo.

Na segunda-feira, o Banco Central divulgou os gastos de estrangeiros no Brasil em junho (a Copa das Confederações aconteceu de 15 a 30 deste mês, e na primeira quinzena já havia seleções, jornalistas e dirigentes de fora).

E o número derrubou a tese que o torneio traria divisas para o país. Estrangeiros gastaram US$ 462 milhões no Brasil em junho, contra US$ 471 milhões do mesmo mês do ano passado, o que significa uma queda de 2%.

Nesta terça-feira. o ESPN.com.br ouviu a Infraero, que administra os aeroportos de cinco das seis sedes da Copa das Confederações, e a empresa que controla Cumbica, maior aeroporto do país e principal porta de entrada de estrangeiros no país.

No aeroporto de Guarulhos, os embarques e desembarques internacionais caíram 0,5% em junho quando comparado com o mesmo mês do ano passado. Em maio, o crescimento havia sido de 10% comparado com maio de 2012.

Pior aconteceu nas viagens domésticas, onde o tombo no mês da Copa das Confederações foi superior a 15%, numa prova que o paulista e o estrangeiro que passou pelo Estado não deu muita bola para a competição.

A pedido do ESPN.com.br, a Infraero, que administra os aeroportos do Rio, Belo Horizonte, Fortaleza, Salvador e Recife calculou o movimento desses locais entre 15 e 30 de junho, justamente os dias de jogos do torneio da Fifa.

Foram quase 10 mil passageiros internacionais a menos na comparação com a segunda quinzena de junho de 2012. Incluindo os voos nacionais, o crescimento foi insignificante (0,4%).

Fica difícil apontar a onda de protestos que espalharam violência pelas sedes da Copa das Confederações como motivo dos números ruins de turistas na competição, já que eles começaram com intensidade durante o torneio, quando quem havia decidido assistir a competição já havia iniciado a viagem e comprado serviços.

Mais lógico faz apontar o alto custo do Brasil como motivo. Durante a Copa das Confederações, o ESPN.com.br ouviu seguidas queixas de estrangeiros sobre os preços de hotéis, passagens e refeições no país.

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