GRAVE
Uma fraude pode ter contribuído para o aumento no número de casos de coronavírus em Porto Velho. A afirmação é do promotor Geraldo Henrique Guimarães, coordenador estadual da força tarefa da covid19 do MP-RO.
NÚMEROS FALSOS
Segundo o promotor, o governo de Rondônia incluiu leitos clínicos e de UTI (unidades de terapia intensiva) inativos em relatórios diários de ocupação de hospitais com pacientes com covid-19 durante os meses de dezembro e janeiro.
FINALIDADE
O objetivo teria sido evitar que, por falta de leitos, o estado fosse obrigado a decretar medidas de isolamento social mais rígidas. Hoje, Porto Velho está em colapso na saúde pública e transferindo pacientes por falta de vagas em unidades.
IDENTIFICAÇÃO
A denúncia foi feita pelo MP (Ministério Público) estadual, que já iniciou inquérito civil público para aprofundar as investigações e apontar os responsáveis pela inclusão dos números nos documentos.
ORIGEM
Os dados incluídos nos relatórios se referem a 30 leitos de UTI e 23 clínicos do Hospital de Campanha da Zona Leste, que foi desativado em 14 de outubro, ao fim da primeira fase da pandemia.
NA PRÁTICA
Geraldo Guimarães disse que leitos inativos eram lançados nos relatórios para poder esconder o aumento de casos da doença e a necessidade de medidas mais rígidas para conter o avanço da doença.
NÃO TINHA COMO SER OCUPADO
O promotor enfatiza que além de inativos, também não havia nem a possibilidade de ativá-los a qualquer momento por absoluta falta de profissionais médicos.
DESCONFIANÇA
O promotor explica ainda que, logo que assumiu as promotorias de saúde no dia 20 de dezembro, percebeu que os relatórios diários apontavam mais leitos do que a rede possuía. A partir daí, o MP iniciou um monitoramento dessas divulgações.
CONSTATAÇÃO
Geraldo Guimarães conta que, no dia 1º, percebeu outra evidência de que a fraude no número de leitos estava ocorrendo. O promotor de plantão detectou duas ou três pessoas na fila de espera na madrugada, sendo que o relatório diário apontava a existência de 15 leitos vagos.
ALERTA
O promotor esclarece também que alertou o secretário Fernando Máximo da consequência do crime de falsidade ideológica. Avisou que eles estavam adulterando um relatório que poderia levar, de uma hora para outra, Rondônia a uma situação caótica, a exemplo de Manaus.
OBJETIVO
Para o promotor, a fraude teve como objetivo principal evitar que a cidade de Porto Velho regredisse de fase nas medidas de isolamento. Segundo o plano estadual de medidas, quanto maior a ocupação de UTIs, mais ações de isolamento são previstas.
ENTENDIMENTO
De acordo com o promotor do MP, o governo de posse dos resultados fraudados regrediu Porto Velho apenas para a fase dois, que permite ficar quase tudo aberto.
QUASE 90% DE LOTAÇÃO
No dia do decreto, segundo o promotor, com os dados fraudados, estava 67% de ocupação dos leitos, contando os 30 leitos. Se fossem tirados os leitos fraudados, iria para ocupação de UTI de 87,5%, o que teria levado automaticamente para a fase um, medida que o governo não queria, afirma Geraldo Guimarães.
MEDIDA
Diante da explosão de novos casos, um decreto com isolamento social restritivo foi publicado apenas no último dia 16, quando o governo regrediu Porto Velho para a fase 1. O promotor afirma que isso só aconteceu após cobrança do MP. “Só que daí já era tarde demais", revela Guimarães.
OUTRO LADO
O Governador Marcos Rocha fez um pronunciamento ontem onde e disse que o promotor do Ministério Público afrontou o Estado. O promotor teria demonstrado ignorância e falta de conhecimento técnico ao dizer que Rondônia fraudou números de leitos.
NÃO EXISTE COLAPSO
Por outro lado, Junior Gonçalves afirmou que não existe colapso na saúde de Rondônia desmentindo o que o governador e o secretário de saúde falaram na semana passada quando anunciaram que pediriam socorro ao Governo Federal.
EXPLICAÇÃO
O governador disse que há uma equipe técnica que atua continuamente no comportamento do vírus e é isso que define as ações que devem ser tomadas.
SECRETÁRIO
Fernando Máximo falou que ficou surpreso com a suspeita de fraude anunciada pelo promotor Geraldo Henrique Guimarães. Máximo disse que desenhou para o promotor como são feitos os levantamentos e que o promotor teria entendido e dito ainda que o assunto estava encerrado.
JIRAU ENERGIA
A Energia Sustentável do Brasil, concessionária da Usina Hidrelétrica Jirau, está de marca nova: Jirau Energia. A mudança marca um novo momento na história da Empresa.
CONCEITO
Em 2020, a empresa completou 7 anos de operação da Hidrelétrica como a 1ª do ranking em disponibilidade operacional, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
ENTRE AS 5 MAIORES
Atuando há 12 anos no país, a Jirau Energia é a quarta maior geradora de energia elétrica do Brasil, dispondo de uma hidrelétrica com 50 unidades geradoras, localizada no Rio Madeira. A usina totaliza 3.750 MW de capacidade instalada, suficiente para abastecer mais de 40 milhões de pessoas com energia renovável.
QUASE 500 MILHÕES
Outra contribuição relevante são os royalties pagos pela Jirau Energia. De setembro de 2013 a dezembro de 2020, foram R$ 467,6 milhões em Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos (CFURH), pagos ao Município de Porto Velho, ao Estado de Rondônia e ao Governo Federal.
GREVE
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística informou nesta terça que apoia uma greve nacional de caminhoneiros prevista para 1º de fevereiro, e orientou todos os 800 mil motoristas da sua base a aderirem.
RENTABILIDADE
A Covid acelerou a revolução do e-commerce no mundo todo, mas o movimento tem potencial para ser mais lucrativo em países onde boa parte da população está comprando online pela primeira vez: locais como Índia e América Latina.