ESPETÁCULO TEATRAL: Naurú, o poeta das guerras, da arte e da vida

ESPETÁCULO TEATRAL: Naurú, o poeta das guerras, da arte e da vida

Foto: Raquel Melyssa, Thales Gomes e Matheus Duarte.

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Os ecos de Naurú continuam reverberando nos nossos sentidos.

 

A natureza pede socorro: me salvem dos “negócios”, dos “negócios”, dos “né.gó.ci.os”.




 

O sangue nos olhos; o sangue no arame farpado; o sangue na terra desértica pelo desmatamento; o sangue que corre nas veias dos rios intoxicados; que jorra pela boca dos animais; que como lágrima de borracha, derrama-se das árvores, e pelas árvores.

 

Flor.Esta. Flo.Resta!

 

Os gritos de Naurú ainda ecoam nos nossos ouvidos.

 

Naurú é força. É arte. É vida. Naurú é espetáculo que flui grandemente, como poesia, pelo grande palco arredondado da experiência. Que com seus olhos vê o céu sem fumaça, repleto de luzes coloridas, de estrelas e de aves noturnas que gorjeiam.

 

Naurú também é dia. Naurú é bebê e criança. Brincadeira. É ainda adulto que se fere e doente que se cura. Naurú é preto. Naurú é mulher. Naurú é afeminado. É minoria!

 

Naurú é ancestral, seja do vasto e rico continente africano, seja dos povos originários das américas feridas pela cobiça europeia.

 

A flor.que.resta da Amazônia é Naurú. É puro poema, diria Carlos Drummond de Andrade. Mas, infelizmente, essa vastidão de verde tem versos em branco: seria o cerrado ou os desmatamentos?

 

Naurú não é guerra. Todavia, luta as lutas da guerra para salvar a vida.

 

O “Xapiri Pê” é um guerreiro Naurú, um coletivo de artistas democratas que, como um manifesto, combate a violência institucional. Esta, que como monstros sombrios, vem de dentro. Que luta contra a grilagem de terras. Os maus políticos. Os ditadores. E as suas ditaduras. Que combate a má polícia e apoia os bons policiais. Que a.ti.ra na bu.rri.ce. Ditadura nunca mais. Precisamos de verdade, memória, justiça… E reparação!

 

A força e a poesia de Narú se vê emblematicamente na bandeira. No suor do trabalho do agricu-Ator.

 

Narú é rito, caboclagem, dança, linguagem desconexa, dialeto. Marcação. Demarcação já!

 

O coral da floresta, composto por naipes de onças, cantos de pássaros e roçar das folhas também é Naurú.

 

Mas em nome do progresso, do comércio e do agronegócio, querem calá-lo.

 

As ordens militares, os tiros de escopeta e de metralhadora, os roncos de motores de tratores e de hélices de helicóptero não calarão a sabedoria do “Poeta das GuErras”. Censura nunca mais!

 

A arte é para todos e para os mais diferentes lugares, diria Naurú frente a negação do espaço público pelas forças que querem o silenciamento. Não, o sábio poeta não se calará! E exigirá o que é seu de direito: a terra, as águas, as riquezas e o teatro.

 

Ah, o teatro! Naurú convoca Brecht e Artaud. Chama, dialeticamente, a loucura deliciosa para a criação. Requer uma dose de insanidade. Até um pouco de cachaça. E muito axé!

 

Naurú aclama os mortos pela ditadura e os ambientalistas assassinados pelos gananciosos dos frutos da terra. Cuidado, estes pertencem à natureza. E ela se vinga!

 

Naurú é história, filosofia, dramaturgia, biologia. São os conhecimentos amazônicos (e “amazônidos”). É Rondônia. Brasil. América Latina. É “mundo, mundo, vasto mundo”!

 

Naurú é teatro contemporâneo.

 

“Naurú *** Poeta das GuErras” é um espetáculo criado, em 2025, pelo “Coletivo Xapiri Pê”, de Porto Velho, que dialoga com o presente. Mas não esquece o passado. E se preocupa com o futuro.

 

Fotos: Raquel Melyssa, Thales Gomes e Matheus Duarte


 

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