LÍNGUA NATIVA: Veja palavras de origem indígenas usadas no cotidiano e que muitos desconhecem

LÍNGUA NATIVA: Veja palavras de origem indígenas usadas no cotidiano e que muitos desconhecem

Foto: Divulgação

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Como habitantes nativos do país, os indígenas têm uma influência muito forte não apenas nas palavras, mas também na culinária, nos costumes e tradições.

 

Apesar da língua oficial no Brasil ser a portuguesa, existiam inúmeras línguas faladas pelos indígenas. Uma parte delas eram oriundas do tupi, considerada uma língua “tronco”.

 

A partir desse tronco é que surgiu o tupinambá, que foi escolhido pelos portugueses como uma das bases da nossa língua — uma vez que serviria para que os colonizadores pudessem se comunicar com os nativos.

 

Por outro lado, essa escolha também foi responsável pelo apagamento de outras línguas indígenas que eram faladas em diversos povos. Conhecer sobre o passado é uma forma de ajudar a observar o presente e aprender sobre a cultura brasileira.

 

Ensinar as palavras de origem indígena para os pequenos é interessante para que eles reflitam sobre como a população é constituída e formada de origens diversas — isso evita racismo, xenofobia e outros preconceitos.


Lista de palavras de origem indígena e seus significados

 

Lista de palavras de origem indígena que foram incorporadas ao português, que são usadas no cotidiano, mas a maioria das pessoas não sabe da origem delas.

 

Veja as palavras que têm relação com alimentos:

 

• Abacaxi (ïwaka’ti): ï’wa “fruta” mais “ka’ti” e significa algo que recende.


• Açaí (ïwasa’i): é o fruto que deita água, que chora, que dá sumo.


• Aipim (aipĩ): é algo que nasce ou brota do fundo.


• Capim: (ka’apii): “ka’a” é mato e “pii” é um adjetivo de fino, delgado.

 

• Jabuticaba (ïwapotï’kaba): significa a “fruta em botão”.


• Jerimum (iurumún): vem do tupi e significa abóbora.


• Mandioca (mandióka): “oka” casa de Mani (essa é a que na cultura indígena deu origem à planta).


• Pitanga (pytánga): é algo que tem a cor vermelha.


• Samambaia (çama-mbai): significa algo “trançado de cordas”, e faz referência às raízes da planta.


• Maniçoba (mandi’sowa): é a comida preparada com a folha da mandioca, chamada de “maniva”.


• Mingau (minga’u): recebe esse nome por ser uma “comida que gruda”.


• Moquear (mokaen): a palavra significa assar ou deixar seco o alimento para que fique mais conservado.


• Moqueca: quer dizer peixe assado embrulhado em folhas, que geralmente é folha de bananeira ou de caeté.


• Paçoca (pa’soka): vem de “po-çoc” e tem o sentido de esmigalhar o alimento com a mão.


• Pipoca (pi’póka): é o grão que estoura.
 


Outras palavras que têm uso mais geral


• Arapuca (ara-púka): quer dizer armadilha.


• Caatinga (kaa-tínga): “ka’a” é mato ou vegetação e “tinga” significa claro, branco.


• Capenga: vem de “akanga”, que é “osso” e “penga”, que significa “quebrado”. Portanto, é algo ou alguém que puxa a perna, é manco.


• Carioca (kara’ïwa): é como os indígenas chamavam o “homem branco”.


• Catapora: “ta’ta” significa “fogo”, algo que arde, e “pora” é aquilo que salta.


• Inhaca: vem de “yakwa” e tem o sentido de “odoroso”, alguma coisa que tem o cheiro forte.


• Jacaré (jaeça-caré): o bicho recebeu esse nome porque ele “olha de banda”.


• Jururu (yuru-ru): significa “pescoço pendido” e quer dizer que alguém está triste, que fica de cabeça baixa.


• Maracanã (paracau-aná): são muitos papagaios juntos.


• Nhenhenhém (nheeng-nheeng-nheeng): é o famoso “blá-blá-blá”, a conversa fiada.


• Pereba (pe’rewa): é como os indígenas chamam uma ferida, um machucado, a chaga.


• Peteca (pe’teka): mostra algo que é para bater com a palma da mão.


• Pindaíba: “pi’nda” é anzol e “haste” é vara. Portanto, é uma vara de pescar.


• Sabiá (s-apia): é o pássaro pintado.


• Sapecar (sa’pek): vem do tupi e quer dizer chamuscar.

 

 FONTE: QUINDIM - LEONARDO AFONSO 

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