O filme foi rodado ao longo de 15 meses, em quatro aldeias
Foto: Divulgação
Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.
O filme brasileiro A Flor do Buriti foi premiado no Festival de Cinema de Cannes, na noite de sábado,27, na França. Dirigido pelo português João Salaviza e pela brasileira Renée Nader Messora, o longa se passa entre a comunidade nativa krahô, do Tocantins, misturando realidade e ficção em uma trama sobre o entrave entre povos originários e os invasores de suas terras.
O filme ganhou o prêmio de melhor equipe na mostra “Um Certo Olhar”. O elenco de A Flor do Buriti usou o tapete vermelho do tradicional evento francês para protestar contra o marco temporal.
A obra repete o sucesso dos diretores que, em 2018, na mesma mostra, venceram o Prêmio Especial do Júri, com A Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos. Ambas as produções foram realizadas em aldeias do povo indígena Krahô, em Tocantins. A Flor do Buriti, contudo, faz um retrato dos últimos 80 anos, dos mais de 200 de contato dos Krahô com os cupe – os não indígenas.
O filme foi rodado ao longo de 15 meses, em quatro aldeias. Por meio dos depoimentos dos indígenas, eles reconstituem as últimas oito décadas. Do massacre sofrido pelo povo, em 1940, às consequências do bolsonarismo na vidas dos Krahô e dos povos indígenas em geral, que levaram aos protestos em abril de 2022, em Brasília. Explorando as fronteiras entre documentário e encenação, o longa conta também com a participação da líder Sônia Guajajara, desde janeiro ministra dos Povos Indígenas.
Fontes: Rede Brasil Atual, Veja, O Povo
.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!