SAUDADE NÃO TEM IDADE – Os cantores Augusto Calheiros e Márcio Creyck – Por Humberto Oliveira
Foto: Divulgação
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Inauguro hoje esta nova coluna intitulada “Saudade não tem idade” (Revivendo) que trata exclusivamente de contar um pouco sobre a história de intérpretes, compositores e inesquecíveis composições de ontem, mas que estão bem vivas na memória dos saudosistas. Todas as semanas esta coluna vai trazer uma pequena biografia do artista e a reprodução de uma letra de algum sucesso da carreira do cantor ou compositor.
Para começar escolhi dois nomes totalmente distantes em estilo e época de suas respectivas carreiras. Augusto Calheiros, um expoente da velha guarda da nossa música e Márcio Greyck, que fez sucesso e continua sendo lembrado por suas melodias românticas. Os dois estão praticamente esquecidos – não pelos fãs, que são fiéis. Vale a pena recordar. Afinal, como cantou Calheiros “Recordar é viver”.(Humberto Oliveira )
Augusto Calheiros (Maceió, 5 de junho de 1891/ Rio de Janeiro, 11 de janeiro de 1956)
Conhecido como “A Patativa do Norte”, iniciou a carreira artística no Recife em meados dos anos 1920. Em 1927, como integrante do grupo pernambucanoTurunas da Mauricéia, transferiu-se para o Rio de Janeiro. A estreia do grupo no Rio de Janeiro ocorreu no Teatro Lírico, em espetáculo patrocinado pelo jornal Correio da Manhã, onde Augusto Calheiros fez enorme sucesso por causa de sua voz afinada e estilo peculiar de interpretação e as belas canções que gravou, entre elas, Mané Fogueteiro; Revivendo o Passado; Ave Maria; ChuáChuá; Senhor da Floresta; Caboclo Vingador; Celia; Meu Ranchinho; Dúvida; Fatal Desilusão; Prelúdios de Sonata; Vida de Caboclo; Garoto da Rua; Adeus Pilar; Pisa no Chão Devagar.
Augusto Calheiros é um intérprete desconhecido pelo público jovem, no entanto, o mais velhos – pelo menos aqueles que conhecem suas canções, com certeza jamais o esquecerão.
Prelúdios De Sonata
Augusto Calheiros
Sinfonia, música divina, prece musical
Sinfonia, ritmo dolente e original
Sinfonia, páginas da musa de um grande amor
Sinfonia, mística orquestração do Criador
Um concerto orquestral
É belo e sentimental
Deus, por que me fez poeta e um menestrel?
As estrelas lá no céu são notas musicais
Com harmonizações originais
A Lua é um disco
Em que o Criador gravou uma canção
Tocada pelos anjos num conjunto
Numa grande orquestração
Há turbilhão de nuvens que errantes vivem
Lá no firmamento
São páginas de músicas, de melodia
De uma sinfonia
Prelúdios de sonata
Fugas e acordes num grande tropel
Vivem lá no espaço vagando
E se transformam
Num suntuoso vendaval
De estrelas lá no céu.
Márcio Greyck (Belo Horizonte, 30 de agosto de 1947)
Cantor e compositor dos mais bem sucedidos no cenário artístico do Brasil. Começou em 1967 quando lançou o seu primeiro disco com canções dos Beatles incluindo sua primeira composição Venha sorrindo.
O sucesso nacional chegou mesmo na década de 1970 com a canção Impossível acreditar que perdi você; parceria com seu irmão Cobel e cujo disco vendeu mais de 500 mil cópias, sendo considerado na época como um fenômeno de vendas e que ficou nas paradas durante seis meses consecutivos, tendo sido regravada também por mais de 60 artistas de diferentes estilos de interpretação, entre eles Fábio Júnior, Rita Ribeiro, Verônica Sabino, Wilson Simonal, Rosana, Toni Platão entre outros.
Seguindo ainda com sucessos como O Infinito, O mais importante é o verdadeiro amor, Aparências, O Travesseiro, Reencontro entre outras.Como compositor ele também tem canções gravadas pelo rei Roberto Carlos, tais como: Tentativa e Vivendo por viver; Essa gravada também por Zezé di Camargo e Luciano, e ainda Sérgio Reis.
Impossível Acreditar Que Perdi Você
Não, eu não consigo
Acreditar
No que aconteceu
É um sonho meu
Nada se acabou...
Não, é impossível
Eu não consigo
Viver sem você
Volte e venha ver
Tudo em mim mudou...
Eu já não consigo
Mais viver dentro de mim
E, e viver assim
É quase morrer
Venha me dizer sorrindo
Que você brincou
E que ainda é meu
Só meu, o seu amor...
Hoje mais um dia
De tristeza
Para mim passou
Nem o meu olhar
Nada se alegrou...
Sinto-me perdido
No vazio
Que você deixou
Nada quero ser
Já nem seu quem sou...
Eu já não consigo
Mais viver dentro de mim
E, e viver assim
É quase morrer
Venha me dizer sorrindo
Que você brincou
E que ainda é meu
Só meu, o seu amor.
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