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Sábado é o último dia da temporada de apresentação do espetáculo "Expressão Negra"
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Foto: Divulgação
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*Depois de lotar a casa na semana de inauguração do Teatro do Sesc e cumprir uma temporada de sucesso no espaço cultural da instituição, o Centro de Artes Cumari encerra a jornada artística de "Expressão Negra" com mais um espetáculo neste sábado, dia 8 de outubro, ás 20 horas, outra chance para quem ainda não conferiu a peça que resgata as raízes culturais do Brasil.
*"Estamos muito satisfeitos com a interesse do público pelo nosso trabalho", relata a Andréia Miranda, coreógrafa e diretora do espetáculo. Segundo ela a peça narra a trajetória do negro desde o continente africano até sua chegada ao Brasil, onde foram escravizados. Suas dores, seus lamentos e sua fé são ressaltados e demonstrados através dos diversos ritmos e movimentos elaborados com a idéia de preservar e valorizar a cultura negra.
*A criação cênica tem aproximadamente, uma hora de duração, entremeando dança, poesia e música. O show musical tem um repertório variado: Djavan, Clara Nunes, Trio Esperança e músicas africanas cantadas em Yorubá. Lundu, maracatu, samba de roda e lamentos. "Uma seleção de fantásticos ritmos folclóricos foi selecionada para este espetáculo que pode ser considerado como uma montagem de teatro musicado totalmente brasileira", completa.
*A trajetória do grupo, que começou a ensaiar em setembro do ano passado é das mais positivas. A Estréia do espetáculo foi em dezembro de 2004, no Zé Beer. Em maio subiu aos palcos do Sest/Senat no consagrado projeto "Quinta Cultural do Basa", no qual faltou lugares para o número de pessoas interessadas em assistir ao espetáculo. Em Agosto foi a vez de Ariquemes conferir "Expressão Negra", num auditório lotado para setecentas pessoas. Em Setembro o Centro de Arte Cumari entrou em temporada no Sest/Senat, em dois finais de semana bastante freqüentados. E finalmente a temporada no teatro do Sesc, na qual o grupo vem se apresentado aos sábados uma platéia entusiasmada e bastante participante. "Costumamos ao final do espetáculo fazer um bate papo. É o nosso termômetro para medir o grau de satisfação para com o trabalho. Felizmente é dos melhores", explica a diretora.
*Num dos depoimentos a professora de história Odete Alice ressaltou a contribuição do espetáculo para o enriquecimento cultural de Porto Velho. O professor Marcos Da L´aqua, também de história, mencionou a delicadeza e respeito que a questão racial é tratada na peça. O professor de filosofia da Unir, Nilson Santos, escreveu um artigo no qual relaciona o comportamento do brasileiro com a questão racial, elogiando o centro de arte cumari por trazer a discussão a tona de uma maneira tão séria e ao mesmo tempo sensível. "Some-se a isto um grupo de diversificado equilíbrio: um texto interpretado que combina as marcas do passado e a representação do presente, um violão capaz de garantir o tempero melódico do espetáculo, duas cantoras de vozes singelas, e um grupo de dança que combina sutileza, sensualidade, vigor, e sincronicidade com o tempero exato, além de muita presença de palco.
*O cenário é simples e centra a atenção para o fundamental: o humano e a densidade da vida. Não é à toa que Joezer Alvarez produziu o pano de fundo privilegiando um rosto com olhar denso, porque o conjunto do espetáculo quer valorizar o que o grupo pode dar de melhor: música de boa qualidade, interpretação sem muitos exageros, e muita movimentação de palco. O resultado disso é um musical e uma grande celebração. Expressão Negra é imperdível", escreveu
*Ficha Técnica
*"Expressão Negra" conta no elenco com os bailarinos Anderson Moreira, Berenice Simão, Luciana Martins, Michele Saraiva, Odinaldo Silva e Simone Norberto, além de Andréia Miranda que também atua no espetáculo; o ator Eri Oliveira; os músicos Bira Lourenço, Edgard Melo e as cantora Mariana Fava, e Ceiça Farias. A cenografia do espetáculo é assinada pelo artista plástico Joesér Alvarez, o figurino por Daniela Norberto, a iluminação Léo Ferreira, que é também autor de um dos poemas encenados no espetáculo, "Corpo África", escrito especialmente para o trabalho.
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