DOENÇAS DE ESGOTOS: Falta de saneamento lota unidades de saúde

Segundo estudo do Trata Brasil, 43,5% das internações por doenças ligadas à falta de saneamento atingem crianças até 4 anos e idosos acima de 60

DOENÇAS DE ESGOTOS: Falta de saneamento lota unidades de saúde

Foto: FreePik

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Muitos pacientes que estão lotando unidades de saúde são pessoas sadias que poderiam estar na vida ativa sem qualquer complicação. A falta de saneamento básico faz com o esgoto contamine o lençol freático. Beber água contaminada pode causar muitas doenças, como diarreia, hepatite, cólera, esquistossomose, malária, dengue, verminoses, doenças dermatológicas, leptospirose, tracoma, febre tifoide e poliomielite. 
 
Dados recebidos pelo Rondoniaovivo mostram que mais de 32 milhões de brasileiros sem acesso a água limpa e aproximadamente 90 milhões sem tratamento de esgoto. A falta de saneamento básico tem sérias repercussões na saúde da população, afetando o presente e o futuro do país. Bastar entrar numa unidade de saúde que ali terá diversas pessoas com algum mal na saúde que poderia ser evitado que tivesse serviço de qualidade para o abastecimento da população com água tratada e redes de esgotamento sanitário.



 
As Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado (DRSAI) afetam principalmente crianças e idosos no Brasil, conforme aponta estudo do Instituto Trata Brasil. Em 2024, das 344 mil internações registradas no país por essas doenças, 70 mil ocorreram entre crianças de 0 a 4 anos, representando 20% do total de casos. Entre idosos acima de 60 anos, a situação é igualmente preocupante, com 80,9 mil internações, correspondendo a 23,5% do total. Juntos, esses dois grupos etários mais vulneráveis somam 43,5% de todas as internações por DRSAI.
 
 
Norte é a região mais afetada 
 
Não é só em Rondônia que a falta de investimentos afeta a população com a água de baixa qualidade. Juntando dados de todos os estados da região Norte, as internações por doenças ocasionadas por ingerir água contaminada geraram 344.435 internações em 2024. Desse total, 12.598 casos foram em crianças de 0 a 4 anos, 4.187 casos em crianças de 5 a 9 anos, 3.763 casos foram de pacientes de 10 a 19 anos, 10.516 casos em pacientes de 20 a 59 anos, e 4.333 casos de pacientes acima de 60 anos.
 
Já as incidências, que são doenças geradas pela contaminação de água e que não precisaram de internações, também tiveram números ainda mais altos na região Norte. Foram 86.738 casos dessa natureza em crianças de 0 a 4 anos, 27.006 casos foram em crianças 5 a 9 anos, 11.796 casos em pacientes de 10 a 19 anos, 10.031 casos em pacientes de 20 a 59 anos e 21.744 casos em pacientes acima de 60 anos. 
 
 
Em 2024, a incidência de DRSAI foi particularmente elevada entre crianças de 0 a 4 anos: 53,777 casos por cada 10 mil pessoas. Essa proporção tende a cair com o avanço da idade: 23,149 casos por 10 mil para crianças de 5 a 9 anos e 12,563 casos por 10 mil para adolescentes de 10 a 19 anos. No entanto, a taxa retorna a aumentar na velhice, alcançando 23,664 casos para cada 10 mil idosos com mais de 60 anos.
 
No Nordeste, a região registrou 26,1 mil internações de crianças de até 4 anos, o que representa o maior número entre todas as regiões. O Sudeste também registrou números significativos: 16,2 mil hospitalizações de crianças com menos de 4 anos e 33,3 mil de idosos. Foram registrados 16,9 mil internamentos de idosos no Nordeste.
 
Para aprimorar a expectativa e a qualidade de vida dos grupos mais vulneráveis, é necessário que a universalização do saneamento básico aconteça a uma velocidade muito superior à atual. A disponibilidade de serviços de água e esgoto é crucial para o crescimento completo da sociedade: possibilita que os jovens desenvolvam todo o seu potencial durante a escola e em suas futuras carreiras profissionais, além de assegurar uma vida mais saudável e bem-estar na velhice.
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